Quinta-feira, 03 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 6 de março de 2022
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,5% no quarto trimestre de 2021, na comparação com o terceiro trimestre, e 4,6% no acumulado do ano, o que coloca o crescimento da economia brasileira em em 21º em um ranking de 34 países compilado pela Austin Rating.
O crescimento do PIB do Brasil (4,6%) ficou atrás de Holanda, México e Suécia (empatados em 18º, com alta de 4,8%) e à frente da Espanha (4,5%). Dois vizinhos sul-americanos (Peru e Colômbia) encabeçam o ranking, ao lado da Turquia. O Peru ocupa o 1º lugar, com um crescimento de 13,3% do PIB em 2021, seguido de Turquia (11%) e Colômbia (10,7%).
Considerando os países que tiveram desempenho igual em 2021, são 25 posições, sendo que o Brasil ocuparia o 15º lugar. Para 2022, o Brasil tem a menor projeção de crescimento do ranking (a segunda pior é a do México, de alta de 1,9%).
Veja abaixo:
1º Peru 13,3%
2º Turquia 11,0%
3º Colômbia 10,7%
4º Índia 8,2%
5º China 8,1% / Israel 8,1%
7º Reino Unido 7,5%
8º Cingapura 7,2%
9º França 7,0%
10º Bélgica 6,4%
11º Hong Kong 6,4% / Itália 6,4%
13º Taiwan 6,3%
14º Canadá 5,7% / Estados Unidos 5,7% / Polônia 5,7%
17º Filipinas 5,6%
18º Holanda 4,8% / México 4,8% / Suécia 4,8%
21º Brasil 4,6%
22º Espanha 4,5%
23º Dinamarca 4,2%
24º Noruega 4,1%
25º Coreia do Sul 4,0%
26º Austrália 3,8% / República Tcheca 3,8%
27º Indonésia 3,7% / Suíça 3,7%
29º Alemanha 3,1% / Malásia 3,1%
32º Arábia Saudita 2,9%
33º Japão 1,7%
34º Tailândia 1,6%
Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, diz que “historicamente o Brasil fica no meio ou na rabeira da tabela”, mas o problema maior do país não é a posição no ranking neste ano ou no ano passado, mas o baixo crescimento do país na última década. “Se a gente pegar os últimos dez anos, de 2012 a 2021, na média o Brasil cresceu 0,4%. Os pares emergentes [Brics) cresceram 3,4%, o mundo cresceu 3% e mesmo os países desenvolvidos cresceram 1,2%”, compara Agostini.
“O mundo cresceu, os emergentes cresceram, e o Brasil não. Até os países desenvolvidos cresceram três vezes mais que a média do Brasil”, pondera o economista-chefe da Austin Rating.
“Claramente isso mostra que o Brasil tem problemas que se sobressaem. O Brasil ainda tropeça nas próprias pernas”, diz Agostini. “O que tem feito o Brasil crescer sempre de forma mediana é o baixo nível de investimento da economia e os problemas domésticos, principalmente fiscais”.
Ao analisar o resultado do PIB no quarto trimestre e do acumulado no ano, o governo diz que a variação do PIB acumulado no período de 2020-2021, que inclui os dois anos afetados pela pandemia, “foi maior que o de todos os países do G7, exceto os Estados Unidos”. Diz também que o crescimento da economia nos últimos dois anos “ficou acima da maior parte dos países do G20 e foi superior à mediana do grupo”.