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Geral Piercing e espinha no nariz deixam duas mulheres sem movimento das pernas

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A estudante Layane Dias, de 20 anos, ficou paraplégica. (Foto: Reprodução)

Uma bactéria comum em nosso corpo e que costuma estar presente na pele do rosto pode causar grandes problemas ao penetrar a corrente sanguínea. Casos de pessoas que perderam os movimentos das pernas após uma pequena infecção no nariz levantaram o alerta para os riscos para saúde. Em Brasília, a estudante Layane Dias, de 20 anos, ficou paraplégica após colocar um piercing. A infecção se espalhou pela corrente sanguínea e causou danos na coluna da jovem. Caso semelhante aconteceu com a comerciante Lilian Duarte, de Abaeté, Minas Gerais, que perdeu os movimentos das pernas após espremer uma espinha.”

No início de julho do ano passado, Layane Dias comemorava o estágio que acabara de conquistar e planejava uma viagem em família no mês seguinte. Para a jovem, na época com 20 anos, era o início de uma nova fase. Ela afirma que jamais imaginaria que estava prestes a passar pelo período que considera o mais complicado de sua vida.

Dias antes de iniciar o estágio, Layane começou a sentir dores frequentes pelo corpo. Para ter forças para trabalhar, a jovem teve de recorrer a medicamentos. No entanto, cada vez mais debilitada, teve de abandonar o estágio.

O quadro de saúde dela foi piorando até que, semanas depois, a estudante perdeu os movimentos da perna. A situação tornou-se ainda mais difícil e a jovem deixou de sentir parte do próprio corpo. “Dos seios para baixo, não conseguia sentir mais nada.”

Segundo Layane, o neurocirurgião que a acompanhou apontou que a bactéria Staphylococcus aureus — que pode causar mazelas em diferentes níveis ao atingir a corrente sanguínea — entrou no organismo da jovem por meio de uma infecção no nariz e a deixou paraplégica.

“O médico me perguntou se eu tive alguma espinha na região do nariz ou algo assim, porque essa bactéria, comumente, é desenvolvida nas fossas nasais. Foi então que contei que havia colocado um piercing no lado esquerdo do nariz, no mês anterior”, relata a jovem.

“Quando contei isso, ele me disse: o piercing foi a entrada da bactéria em seu corpo. Ouvir isso me deixou em choque”, conta. Layane sempre se considerou uma jovem vaidosa. Além de estudante de Recursos Humanos, também fazia alguns trabalhos como modelo fotográfica.

Ela revela que sempre gostou de piercings. “Já tinha colocado na parte direita do nariz por três vezes”, comenta. Em junho passado, a estudante mudou o lado do piercing. “Foi a primeira vez em que coloquei na parte esquerda do nariz. Também foi a primeira vez em que saiu sangue durante o procedimento para colocar o piercing.”

Já a comerciante Lilian Duarte, de Abaeté, Minas Gerais, perdeu os movimentos das pernas após
espremer uma espinha há dois anos. Ela passou por uma situação parecida, sentindo uma
inflamação no nariz, o início de um abcesso. Achou que era uma espinha e tentou espremer, mas as a inflamação aumentou e entrou na corrente sanguínea se instalando na coluna: “Foi
desesperador, uma dor imensa, procurei um hospital porque eu não sentia mais minhas pernas. A infecção se espalhou por cinco vértebras. Achei que ia morrer, tamanha a dor, nem morfina
aliviava. Fui operada por uma equipe de médicos e o neurocirurgião salvou minha vida”.

Segundo a infectologista Monica Gomes da Silva, consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia, a bactéria Staphylococcus Aureus é típica de pele. “A bactéria só causa problemas quando ocorre uma ruptura e consegue atingir as camadas inferiores da pele e a corrente sanguínea. No caso da estudante, houve o agravante pelo fato do piercing ter sido colocado no nariz, uma área em que a bactéria costuma estar presente”, explica a médica.

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https://www.osul.com.br/piercing-e-espinha-no-nariz-deixam-duas-mulheres-sem-movimento-das-pernas/ Piercing e espinha no nariz deixam duas mulheres sem movimento das pernas 2019-02-17
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