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Brasil Pneumologista diz que, mesmo com vacina, o uso de máscaras deve seguir pelos próximos dois anos

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Margareth Dalcolmo vê "afã precipitado" diante do recrudescimento da doença no exterior. (Foto: Reprodução/YouTube)

Mesmo com a vacinação contra a covid-19, a população mundial terá que seguir os protocolos sanitários e manter os cuidados – como uso de máscara e distanciamento social – por pelo menos dois anos. A avaliação é da pesquisadora e pneumologista Margareth Dalcolmo, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Margareth disse, em entrevista à Folha de S.Paulo, que teremos que manter os cuidados por muito tempo. Afirmou ainda que esse vírus não vai desaparecer das nossas vidas nunca mais e lembrou que nada foi tão pandêmico.

“No Brasil, não há um município que não tenha caso registrado. O vírus vai ficar endêmico. Portanto, o fato de ser vacinado não nos isenta de andar de máscara pelos próximos dois anos, por exemplo. De termos cuidado com ambientes fechados, de solicitarmos testes negativos para embarcar em voos internacionais.”

A pesquisadora disse ainda que as mutações, verificadas principalmente no Reino Unido, não causam impacto na eficácia das vacinas que já estão sendo produzidas. No entanto, alerta sobre a necessidade de medidas de contenção e de cuidados neste fim de ano.

Ela considera este aumento na transmissão pode estar mais atribuível às aberturas do que à própria cepa mutada. E alerta que o mesmo pode acontecer no Brasil.

Margareth também criticou o discurso do presidente Jair Bolsonaro contra a vacina. Para ela, trata-se de um “discurso equivocado e obscurantista que só vai ser quebrado na medida que nós, de maneira consistente e transparente, dissermos a verdade às pessoas”.

Proteção

Usar uma máscara cirúrgica ou feita à mão libera menos de uma gotícula grande de saliva a cada mil disparadas durante a fala ou a tosse. É o que aponta um estudo publicado pela revista científica Royal Society Open Science, produzido por cientistas de diferentes universidades do Reino Unido.

Os cientistas apontaram que as máscaras capturam 99,9% das gotículas de saliva com mais de 20 micrômetros. O que o estudo dá como certo é que a saliva disparada durante a fala ou a tosse é a principal via de transmissão do coronavírus. Não se sabe, porém, se as mais infecciosas são as gotículas maiores ou menores.

O estudo reconhece que é “extraordinariamente difícil determinar” qual perfil de gotícula é mais transmissível, se as maiores, que têm carga viral maior, mas são fáceis de capturar com as máscaras, ou se as menores, chamadas de aerossol, que têm carga viral menor, mas que são mais difíceis de serem bloqueadas.

“O aerossol (conjunto de gotículas microscópicas) é agora amplamente aceito como uma via contributiva de transmissão do vírus SARS-CoV-2 e, se mais tarde for determinado como o principal fator de infecção, nossos resultados podem superestimar a eficácia das coberturas faciais”, alerta o relatório.

A eficácia das máscaras está relacionada, portanto, a contenção da quase totalidade das partículas grandes, mas não de qualquer partícula que possa transmitir o vírus. Por isso, a importância do distanciamento social, além do uso das máscaras.

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https://www.osul.com.br/pneumologista-diz-que-mesmo-com-vacina-o-uso-de-mascaras-deve-seguir-pelos-proximos-dois-anos/ Pneumologista diz que, mesmo com vacina, o uso de máscaras deve seguir pelos próximos dois anos 2020-12-29
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