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Geral Polícia começa a analisar computadores encontrados na casa do autor do ataque a creche em Santa Catarina

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A tragédia ocorreu no município de Saudades. (Foto: Reprodução)

A Polícia Civil já começou a analisar os dois computadores e um pen drive que foram encontrados na casa do jovem apontado como autor do ataque em uma creche no município de Saudades, no Oeste de Santa Catarina. Após decisão do Judiciário autorizando a quebra de sigilo de dados, a polícia pode começar a extração de dados de dispositivos eletrônicos apreendidos para a investigação. “Os investigadores da Polícia Civil estão debruçados fazendo varreduras nos dispositivos apreendidos para angariar mais elementos de interesse da investigação e esclarecer ao máximo possível esse crime horrendo”, afirmou o delegado Jerônimo Marçal.

A Polícia Civil de Santa Catarina já havia ouvido mais de 10 testemunhas até o começo da tarde desta quinta-feira (6), na investigação sobre as mortes de cinco pessoas no ataque à creche na cidade.

O homem de 18 anos que foi preso pelas mortes continuava hospitalizado até esta quinta. Ele teve a prisão em flagrante convertida em preventiva pelo Judiciário, ainda na quarta-feira (5). Segundo o delegado Jerônimo Marçal, ele será interrogado assim que o seu estado de saúde permitir.

De acordo com Jerônimo Marçal, responsável pelo caso lavrado na Delegacia de Polícia do município vizinho de Pinhalzinho, o preso foi autuado em flagrante por cinco homicídios triplamente qualificados e uma tentativa de homicídio de uma criança, que logo após o crime foi transferida para hospital em Chapecó pela equipe do Helicóptero da Polícia Civil. As qualificadoras dos crimes foram motivo torpe, utilização de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas e a utilização de meio cruel.

Na quarta, após manifestações do promotor de justiça e do defensor dativo, o juiz da comarca de Pinhalzinho, Caio Lemgruber Taborda, decidiu converter a prisão em flagrante do suspeito em prisão preventiva. Taborda também deferiu o pedido da Polícia Civil para quebra de sigilo de dados, necessária para análise de computadores, videogame e pen drive apreendidos na residência do suspeito. A polícia ainda tenta entender o que motivou o ataque.

O magistrado considerou que a prisão preventiva “se justifica por sua tríplice finalidade: é providência de segurança, garantia da execução da pena e asseguradora da boa prova processual”. E que “a prisão é necessária para garantia da ordem pública, em especial porque a autoria delitiva recai sobre o acusado, sendo ele, em tese, responsável pela morte violenta e cruel de 5 (cinco) pessoas, quais sejam, duas professoras […] e três crianças de tenra idade, […] as quais tinham em torno de um ano a dois anos de idade”.

Outra observação diz respeito ao comportamento do agressor, em que “sua maior preocupação era quantas pessoas havia conseguido matar, demonstrando seu desprezo pela vida humana e sua incapacidade de retornar, ao menos neste momento inicial e mediante as informações coletadas, ao convívio da sociedade, o que demanda seu encarceramento cautelar”. “Assim, as circunstâncias dos fatos ora apurados evidenciam exacerbada periculosidade do conduzido, sendo que sua liberdade, sem qualquer dúvida, representa grave abalo público e risco para a sociedade, diante da possibilidade de reiteração das condutas praticadas por pessoa que já demonstrou não possuir arrependimento nem dar valor à vida”, reiterou o magistrado.

O promotor de justiça da comarca, Douglas Dellazari, se manifestou pela prisão preventiva. A defesa foi feita pelo advogado nomeado, Kleber dos Passos Jardim, do município de Papanduvas, região Norte catarinense. O defensor dativo solicitou averiguação de sanidade mental, já que o agressor apresenta traços de psicopatia. O pedido foi indeferido pelo juiz. Em decorrência da pandemia de Covid-19, as audiências de custódia estão suspensas em todo o estado. Porém, as partes têm o mesmo direito de manifestação, que é anexada ao processo, para posterior decisão da Justiça.

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