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Brasil A Polícia Federal acredita que os brasileiros desaparecidos nas Bahamas morreram em naufrágio

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Operação Piratas do Caribe busca desarticular organização criminosa. (Foto: EBC)

Na quarta-feira (6) completou um ano e um mês que um grupo de 12 brasileiros desapareceu no mar ao tentar entrar ilegalmente nos Estados Unidos. Durante uma audiência pública realizada na Câmara dos Deputados, o delegado da Polícia Federal Raphael Baggio, um dos responsáveis pela operação Piratas do Caribe, afirmou que as investigações continuam. A suspeita atual é de que o barco em que eles estavam naufragou.

“Tudo indica que houve um naufrágio. Não estou afirmando com certeza, o caminho da investigação não está concluído, mas se nós não tivermos a conclusão de que essas pessoas faleceram, eu não consigo atribuir para o coiote o crime de homicídio”, disse.

Os brasileiros tinham ido para as Bahamas e de lá tentariam entrar nos Estados Unidos, com a ajuda de coiotes. Na época, o Itamaraty informou que o grupo faria a travessia de barco até Miami (EUA).

Um ano depois, não houve registro de prisão, naufrágio ou pedido de ajuda na região do desaparecimento. “Nós já tínhamos diversas respostas informais que muitos não acreditaram. As respostas oficiais estão chegando, só falta a dos Estados Unidos, de que eles não estão presos lá. Tem resposta da República Dominicana e das Bahamas”, afirmou.

Segundo o delegado, não apenas os brasileiros continuam desaparecidos, mas todas as 19 pessoas que estariam na embarcação.

Um dos desaparecidos é o tocantinense Lucirlei Carita dos Reis, 35 anos. A mãe dele, a aposentada Maria Carita acompanhou a audiência pública. Ela relatou que parentes dos desaparecidos, de diversos estados, compareceram e saíram tristes. “Saímos muito tristes e a resposta que eles têm para nós é nada. Eles disseram que há 90% de chance de naufrágio, mas não acreditamos nisso. Não há vestígios, pode ter acontecido qualquer outra coisa”.

Durante a audiência, a diretora do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior, Maria Luiza da Silva, disse que o trabalho do Itamaraty não é investigativo. “Não é atribuição do agente consular fazer investigações ou ir a campo. Nosso trabalho é pedir ajuda aos órgãos daquele país.”

Segundo a ministra, o Itamaraty fez parcerias com outros países para realizar buscas pelos brasileiros, mas em algum momento essas buscas podem ser encerradas. “Por mais que a gente peça que eles mantenham as buscas durante semanas ou meses, nós gostaríamos que continuassem, mas em algum momento vão ser dadas como encerradas.”

Já o delegado da Polícia Federal Raphael Baggio de Luca afirmou que o departamento da corporação em Rondônia continuará com as investigações em busca de provas ligadas aos coiotes que atuam no Brasil.

Entenda

No dia 6 de novembro de 2016, um grupo de brasileiros desapareceu ao tentar atravessar o mar para chegar nos Estados Unidos. Na época, o Itamaraty informou que o grupo deixou as Bahamas para fazer uma travessia de barco até Miami.

Mais de um ano depois, o caso continua sem resposta definitiva. Não houve registro de prisão, naufrágio ou pedido de ajuda na região do desaparecimento. A operação Piratas do Caribe, que busca desarticular uma organização criminosa de “coiotes” responsável por levar brasileiros ilegalmente para os Estados Unidos, foi deflagrada em janeiro deste ano, quando três pessoas foram presas.

Segundo o delegado da PF, Raphael Baggio de Luca, a ação visa desarticular uma ramificação brasileira de uma organização criminosa que transporta brasileiros de forma ilegal ao exterior, principalmente aos Estados Unidos, via Bahamas.

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https://www.osul.com.br/policia-federal-acredita-que-os-brasileiros-desaparecidos-nas-bahamas-morreram-em-naufragio/ A Polícia Federal acredita que os brasileiros desaparecidos nas Bahamas morreram em naufrágio 2017-12-07
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