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Política Polícia Federal avalia que, ao pedir anistia, Bolsonaro reconheceu crimes

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“O que é golpe? É tanque na rua, é arma, conspiração. Nada disso foi feito no Brasil (…)", disse Bolsonaro em ato na Avenida Paulista. (Foto: Reprodução)

A Polícia Federal avalia que, ao pedir anistia para quem participou dos atos criminosos de 8 de janeiro de 2023, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reconheceu a existência de crime nas manifestações.

“Essas penas fogem ao mínimo da razoabilidade. Não podemos entender o que levou poucas pessoas a penarem tão drasticamente. Esses pobres coitados que estavam lá no 8 de janeiro”, defendeu Bolsonaro nesse domingo (25).

A reportagem já havia confirmado que a declaração do ex-presidente sobre a existência da minuta do golpe será incorporada às investigações. “O que é golpe? É tanque na rua, é arma, conspiração. Nada disso foi feito no Brasil (…) Agora o golpe é porque tem uma minuta do decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição? Tenha paciência.”

Esse ponto do discurso é interpretado pela investigação como uma evidência da tentativa de Bolsonaro de promover um golpe de estado.

O presidente do PT em São Paulo, deputado federal Kiko Celeguim, afirmou em entrevista que acredita que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está “projetando uma anistia para si próprio”, após o ato realizado na Avenida Paulista no domingo (25).

“Ele admitiu ontem que teve a minuta golpista e ele pediu anistia, que na minha opinião ele já está projetando uma anistia para si próprio”, disse Celeguim.

“Quando ele fala dos ‘pobres coitados’ que estão lá presos na Papuda por conta do ato e pede anistia para eles, ele está premeditando que ele pode ser um desses aí nas próximas semanas, nos próximos meses, por conta do que ele tentou fazer com apoio de generais, de coronéis, de ministros, de autoridades da República”, acrescentou o deputado.

Durante seu discurso, Bolsonaro pediu a deputados e senadores o apoio a um projeto de anistia para os presos pelos ataques de 8 de janeiro às sedes dos Três Poderes, em Brasília.

“É uma anistia para aqueles pobres coitados que estão presos em Brasília. Nós não queremos mais que seus filhos sejam órfãos de pais vivos”, afirmou o ex-presidente. “Agora, nós pedimos a todos 513 deputados, 81 senadores, um projeto de anistia, para que seja feita justiça no nosso Brasil”, acrescentou.

Pente-fino em discursos

A Polícia Federal se debruça sobre o teor dos discursos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados para avaliar se há necessidade de ouvi-los novamente no âmbito da investigação que apura a existência de uma trama golpista.

Fontes consultadas pela reportagem apontam o que classificam como “excessos” do pastor Silas Malafaia no discurso com críticas direcionadas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito sobre os atos antidemocráticos.

Investigadores avaliam convocar o líder religioso a prestar esclarecimentos sobre o discurso, que sugere apoio do governo Lula à invasão da Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.

“Tenho algumas perguntas à imprensa e ao povo brasileiro: por que lula saiu às pressas de Brasília e foi a Araraquara?”, disse.

Até entre aliados do ex-presidente há críticas ao tom adotado por Malafaia. Parlamentares da direita acreditam que as falas do pastor destoara. do tom adotado pelos outros discursos.

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https://www.osul.com.br/policia-federal-avalia-que-ao-pedir-anistia-bolsonaro-reconheceu-crimes/ Polícia Federal avalia que, ao pedir anistia, Bolsonaro reconheceu crimes 2024-02-26
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