Domingo, 28 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 16 de junho de 2021
A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta quarta-feira (16) a Operação Adamas para combater a extração ilegal de diamantes no País. Agentes foram mobilizados para o cumprimento de três mandados de busca e apreensão em Manaus (AM). A ação investiga crimes de usurpação de bens da União, falsidade ideológica e apresentação de informações falsas em processo administrativo junto à Agência Nacional de Mineração.
Segundo as investigações, no ano de 2019, foram extraídos ilegalmente cerca de 57 quilates de diamantes. Não havia licenciamento ambiental para extração de diamantes na área informada.
Identificou-se também, por meio de imagens de satélites, que na área indicada no processo administrativo, não havia indícios de garimpo.
Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de usurpação de bens da União, falsidade ideológica a apresentação de dados falsos em processo administrativo ambiental. Se condenados, poderão cumprir pena de até 16 anos de reclusão.
Ataques a indígenas
Em outra frente, no Pará, a PF deflagrou nesta quarta, em ação conjunta com a Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) e a Força Aérea Brasileira (FBA), a Operação Mundurukânia 2, que tem por objetivo instruir os inquéritos policiais instaurados para apurar as manifestações violentas e ataques contra os agentes de segurança pública que participaram da Operação Mundurukânia, bem como dos incêndios provocados nas residências das lideranças indígenas Munduruku.
Os atos hostis ocorreram entre 25 a 27 de maio, logo após a deflagração da fase anterior da Operação.
A Operação Mundurukânia 1 teve como escopo combater a prática clandestina de garimpos nas terras indígenas Munduruku e Sai Cinza, no município de Jacareacanga/PA. Essa prática, além de provocar graves danos ao meio ambiente, devido ao uso de produtos químicos altamente nocivos, causando a poluição de rios e lençóis freáticos, também gera uma série de outros problemas sociais na região, como conflitos entre garimpeiros e indígenas.
Participaram da ação desta quarta 45 policiais federais e 30 integrantes da FNSP, além de militares da FAB, dando cumprimento a cinco mandados de busca e apreensão, além de seis mandados de prisão preventiva, expedidos pela Justiça Federal de Itaituba/PA.
Os crimes investigados são de associação criminosa (art. 288 do CP), incêndio (art. 250 do CP), atentado contra a segurança de transporte marítimo, fluvial ou aéreo (art. 261 do CP) e coação no curso do processo (art. 344 do CP), além outros crimes que venham a ser descobertos ao longo da investigação. As informações são da PF.