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Brasil Polícia Federal investiga genocídio de ianomâmis

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Pelo menos 570 crianças morreram no local nos últimos quatro anos por causas evitáveis. (Foto: Divulgação)

A Polícia Federal abriu inquérito para investigar se houve crime de genocídio e omissão de socorro na assistência dada pelo governo federal aos Yanomami. A investigação foi aberta a pedido do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e vai tramitar em Roraima.

O objetivo é investigar a participação ou a omissão de ex-integrantes do governo federal; os envolvidos em toda a cadeia do garimpo ilegal, incluindo proprietários de equipamentos, garimpeiros, barqueiros, operadores de máquinas e até o piloto do avião que transporta envolvidos e produtos.

Na segunda-feira (23), Dino encaminhou o ofício com o pedido de apuração ao diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.

O ministro citou “os reiterados pedidos de ajuda contra a violência decorrente do garimpo ilegal, bem como a ausência de efetivas ações e serviços de saúde à disposição dos Yanomami”.

Esses elementos, segundo o ministro, reforçam uma possível intenção de causar lesão grave à integridade ou mesmo provocar a extinção do grupo originário.

“Mortes por desnutrição ou por doenças tratáveis, pouco ou nenhum acesso aos serviços de saúde, medidas insuficientes para a proteção dos ianomâmis, além do desvio na compra de medicamentos e de vacinas destinadas a proteção desse povo contra a Covid-19, conduzem a um cenário de possível desmonte intencional contra os indígenas ou genocídio”, diz o ofício remetido à Polícia Federal.

Paralelamente a investigação, a PF de Roraima também planeja uma megaoperação para expulsar os garimpeiros ilegais da terra indígena. Lideranças do povo ianomâmi atribuem ao garimpo ilegal e à falta de serviços médicos a epidemia de desnutrição e doenças que acometeram a comunidade.

Crise sanitária

Mais de mil indígenas em estado grave de saúde foram resgatados da Terra Indígena Yanomami nos últimos dias por equipes do Ministério da Saúde que atuam de forma emergencial em comunidades dentro da reserva.

A estimativa foi divulgada nesta terça-feira (23) pelo secretário de Saúde Indígena (Sesai) do ministério, Weibe Tapeba, durante coletiva de imprensa em Boa Vista.

As equipes estão na reserva desde o dia 16 de janeiro para atuar frente à desassistência sanitária no território. Os indígenas sofrem, principalmente, com malária e com desnutrição grave, afirma Tapeba.

“Nós acreditamos que mais de mil indígenas foram resgatados nesses últimos dias do território para não morrer”, afirmou. Em uma semana, o único hospital infantil do estado recebeu 29 crianças Yanomami doentes.

Os indígenas são resgatados das comunidades onde vivem e levados ao posto de Surucucu – uma unidade considerada de referência na região, mas que se resume a um barracão de madeira de chão batido e com estrutura precária.

De lá, os quadros gravíssimos são encaminhados para Boa Vista.

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https://www.osul.com.br/policia-federal-investiga-genocidio-de-ianomamis/ Polícia Federal investiga genocídio de ianomâmis 2023-01-25
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