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Por Redação O Sul | 21 de maio de 2020
Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nos municípios de Canoas, Sapucaia do Sul, Sapiranga e Cidreira
Foto: Polícia Civil/DivulgaçãoA Polícia Civil deflagrou, nesta quinta-feira (21), a Operação Parasita para combater a lavagem de dinheiro na Região Metropolitana de Porto Alegre. Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nos municípios de Canoas, Sapucaia do Sul, Sapiranga e Cidreira.
Durante as buscas, foram apreendidos contratos de compra e venda de imóveis e veículos, procurações, joias, mídias, uma arma de airsoft, entre outros objetos. As investigações, que duraram um ano e meio, esclareceram um esquema criminoso que causou prejuízo de R$ 1 milhão a um grupo empresarial e a fornecedores. As fraudes eram realizadas por uma funcionária de um grupo econômico, que alterava o código de barras de boletos para uma conta bancária própria.
A principal investigada era ex-diretora financeira do grupo, tendo a incumbência de gerenciar as contas bancárias das empresas pertencentes a ele, realizando, entre outras atividades, pagamentos de fornecedores. O nome da mulher não foi divulgado. Ela estaria morando no Litoral Norte gaúcho e não foi localizada.
Segundo a delegada Luciane Bertolletti, a suspeita tornou-se a cabeça de uma estrutura criminosa extremamente organizada. “Ela gerava boletos contendo os nomes e dados corretos de fornecedores conhecidos do grupo, em valores compatíveis com os serviços tipicamente prestados por aqueles fornecedores. Contudo, os pagamentos eram realizados em favor de uma conta bancária mantida pela própria investigada, pois ela alterava as linhas do código de barras”, explicou a delegada.
O Diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana de Canoas, delegado regional Mario Souza, destacou que as fraudes ocorreram entre os anos de 2012 e 2015, período em que foram realizados mais de cem pagamentos através de boletos fraudados. “Foi averiguado que a investigada creditava as quantias principalmente em favor de seu marido, bem como realizava muitos saques e transferências para terceiros, de maneira que consumiu gradativamente todo dinheiro auferido”, contou Souza.