Não houve efeitos colaterais graves. Houve reações alérgicas em 0,3% dos participantes, mas sem anafilaxia (reação alérgica grave).
Já a vacina de Oxford, que será fabricada em solo brasileiro pela Fiocruz, usa a tecnologia de vetor viral. Ela também não é capaz de causar a covid-19.
Nesse tipo de vacina, os pesquisadores usam um outro vírus, modificado, para introduzir parte do material genético do coronavírus Sars-CoV-2 no organismo e induzir a resposta do sistema de defesa do corpo.
No caso da vacina de Oxford, os efeitos colaterais mais comuns relatados em voluntários foram dor no local da aplicação, dor de cabeça, cansaço, dores musculares, calafrios, febre e náusea. A maioria das reações foi leve ou moderada e se resolveu poucos dias após a aplicação da vacina.
Além disso, a vacina de vetor viral também não causa alterações no nosso próprio material genético, o DNA.
Conversa
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, se reuniu nesta quarta-feira (20) em videoconferência com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming.
De acordo com mensagem da embaixada publicada em uma rede social, eles conversaram sobre “cooperação antiepidêmica” e vacinas contra a covid-19.
O Brasil aguarda o envio de insumos pelos chineses para que o Instituto Butantan possa fabricar novas doses da vacina CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac.
“A China continuará unida ao Brasil no combate à pandemia para superar em conjunto os desafios colocados pela pandemia”, diz o texto da mensagem da embaixada.
Nesta quarta, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, negou em videoconferência com deputados que problemas políticos e diplomáticos tenham atrasado as negociações do Brasil com Índia e China, nas últimas semanas, para a importação de ingredientes e de vacinas prontas contra a covid-19. Mesmo assim, Araújo afirmou que não há estimativa de quando esse material chegará.
O Brasil enfrenta dificuldades para liberar uma carga de 2 milhões de doses da vacina de Oxford, produzida pelo governo da Índia em parceria com o instituto indiano Serum. Além disso, laboratórios brasileiros aguardam que a China libere a exportação de dois tipos de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) produzido em solo chinês. O IFA é a matéria-prima para que as vacinas sejam processadas e produzidas no Brasil.
O atraso afeta a produção brasileira da vacina de Oxford, prevista em um contrato da Fiocruz com o laboratório AstraZeneca; e a produção da CoronaVac.