Segunda-feira, 07 de outubro de 2024
Por Redação O Sul | 26 de fevereiro de 2024
A partir das 9h desta terça-feira (27), a prefeitura de Porto Alegre realiza em parceria com o Exército mais uma ação conjunta de combate à dengue, agora no Centro Histórico. O ponto de partida é a esquina das ruas Washington Luiz e Bento Martins, a iniciativa prevê esclarecimentos à comunidade, eliminação de criadouros do mosquito transmissor e identificação de casos da doença.
Serão percorridos dois perímetros, abrangendo vias que concentram mais endereços residenciais do que comerciais. O primeiro compreende Duque de Caxias, Vasco Alves e General Portinho, ao passo que o segundo se concentra sobre Demétrio Ribeiro, General Auto e Espírito Santo. Ambos incluirão trechos da Washington Luiz.
De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), a região tem registros de casos confirmados de dengue neste ano. As estatísticas constam em boletim divulgado às terças-feiras no site prefeitura.poa.br.
As ações com a parceria com os militares começaram na semana passada, com três dias de atividades. Foram vistoriadas residências e buscado o diálogo com moradores dos bairros Glória, Higienópolis, Vila Ipiranga, Jardim Europa e Vila Nova, totalizando 481 casas e 14 condomínios. Outras 134 casas estavam fechadas.
Os dados mais recentes (de uma semana atrás e que devem ser atualizados nesta terça) apontam que a capital gaúcha tem ao menos 2.172 casos suspeitos de dengue entre seus habitantes.
Destes, 141 já foram confirmados, incluindo 106 autóctones (contraídos na própria cidade) e 27 “importados” (em outra cidade), enquanto oito não permitiram a identificação da origem.
Cemitérios
Uma das estratégias na ofensiva contra o mosquito-vetor Aedes aegypti é a busca de focos do inseto em áreas públicas. Em Porto Alegre, os três cemitérios municipais – São João, Tristeza e Belém Velho – têm sido alvo de rondas duas vezes ao dia. Os servidores preenchem vasos vazios com areia, furam recipientes sem escoamento de água e preenchem espaços ocos com areia e cimento, inclusive em lápides.
“Estamos ainda mais atentos aos cuidados que devem ser realizados, principalmente nos cemitérios, onde as pessoas utilizam vasos e demais recipientes que acumulam água para prestar as homenagens”, explica o chefe de gabinete e secretário em exercício da pasta, Joaquim Cardinal.
Como forma de prevenção, a Smamus recomenda o uso de flores artificiais, vasos com furos e a não utilização de velas, garrafas, vidros, pratos embaixo dos vasos e outros itens que possam acumular água. Igual atenção deve merecem o recolhimento e descarte corretos de resíduos.
Os funcionários das áreas verdes também intensificaram os trabalhos, com vistorias e orientação a frequentadores para que não descartem resíduos em locais inadequados e, em casa, não utilizem pneus como forma de adorno em árvores e canteiros e bem pratinhos ou vasos sem furos. Já nos parques, praças e unidades de conservação da cidade, recomenda-se o uso de repelente.
(Marcello Campos)