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Economia Presidente da Câmara dos Deputados diz que a ajuda do governo para empresas é “tímida” e “não vai resolver nada”

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Maia cobrou ações do governo que, na avaliação dele, são "simples e óbvias"

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Maia foi questionado sobre a redução de salário dos trabalhadores “comuns” e o crescente número de desemprego no Brasil. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta sexta-feira (27) que a linha de crédito emergencial anunciada pelo governo para pequenas e médias empresas pagarem os salários dos funcionários por dois meses “não é ruim”, mas é “tímida” e “não vai resolver nada”. Segundo Maia, ainda faltam medidas voltadas para outros setores da sociedade.

O programa de crédito, divulgado pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, vai disponibilizar no máximo R$ 20 bilhões por mês, em um período de dois meses. O objetivo é aliviar a pressão financeira sobre as empresas durante a crise gerada pela pandemia do novo coronavírus.

“Acho que essa decisão do financiamento, que eu não acho ruim porque, pela informação que eu tenho, a taxa de captação é a mesma do empréstimo, tem uma carência, um prazo para pagar, e a garantia majoritária do governo, ainda é tímida. Vinte bilhões por mês não vão resolver nada”, afirmou Maia a um grupo de empresários do Lide, em evento realizado por videoconferência.

A linha de crédito anunciada é voltada para empresas com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões. Para Maia, o governo precisa pensar logo em medidas destinadas também a empresas que estão fora dessa faixa.

“Como é que faz com o resto? Porque tem empresas maiores, que também vão ter dificuldade. Tem microempresas que ficaram de fora”, afirmou.

“O que o governo deveria fazer é o que os outros países estão fazendo. A Grã-Bretanha virou completamente há 15 dias a sua política. Os americanos fechando agora um pacote no Congresso de 2 trilhões de dólares com políticas focadas em todos os segmentos, incluindo os mais vulneráveis, no pagamento de salário, na renda mínima, olhando os setores da economia, capital de giro, específico para o setor aéreo, que justamente foi primeiro a ser atingido”, afirmou.

Maia cobrou ações do governo que, na avaliação dele, são “simples e óbvias” e poderiam contribuir para dar mais tranquilidade à população – como a extensão do prazo para entrega do Imposto de Renda, previsto para ir até o fim de abril.

“O governo não conseguiu até hoje, pelo menos eu não li até hoje ainda, adiar a entrega do Imposto de Renda, que é uma coisa simples. Muitos já entregaram, não tem nenhum grande impacto porque as pessoas já tem suas documentações, mas é um gesto, é uma sinalização que passa tranquilidade para as pessoas”, afirmou.

Questionado pelos empresários sobre o que achava do afrouxamento das medidas de restrição à circulação de pessoas nas cidades, o presidente da Câmara ponderou que, para isso, são necessárias ações que garantam a integridade especialmente das pessoas que estão no grupo de risco, como os idosos.

“É claro que todos querem reduzir o isolamento, mas a gente não pode ter uma onda de abertura de isolamento que gere uma segunda onda de aprofundamento maior da crise econômica e também uma tragédia maior, principalmente na perda de vidas pelo colapso do sistema de saúde”, observou.

Ele afirmou ainda que outros países que afrouxaram o isolamento, depois, precisaram retomar a medida com resultados piores.

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