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Brasil Presidente de sindicato dos médicos do Amazonas critica plano do governo de usar maternidade para atender doentes com coronavírus

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Hospital 28 de Agosto lotado, em Manaus.

Foto: Divulgação/Simeam
Pandemia: colapso na saúde do País é destaque nos 3 principais jornais dos EUA. (Foto: Divulgação/Simeam)

O presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam), Mário Viana, criticou plano do governo de usar o Instituto da Mulher e Maternidade Dona Lindu para atender pacientes com coronavírus, em Manaus. Ele esteve em frente à maternidade neste sábado (2) e disse que a utilização da unidade pode gerar uma onda de infecções e agravar o quadro de grávidas atendidas no local.

O Instituto da Mulher e Maternidade Dona Lindu ainda não está sendo usado para receber os pacientes. O governador Wilson Lima anunciou que a unidade sendo preparada para abrir 46 leitos clínicos e 13 de Unidade de Terapia intensiva (UTI) voltados para pacientes com a doença. Ele também ressaltou que o plano é que os novos leitos na maternidade comecem a funcionar ao longo da próxima semana.

“Recebi a notícia de que um andar do Instituto da Mulher vai ser fechado para receber apenas pacientes com Covid. E é paciente clínico, homem, mulher sem estar grávida, sem nada. Isso vai ser um foco de infecções dentro da maternidade. A gestação já é algo de risco para a doença. Por mais que se isole um andar, será um risco para os profissionais e pacientes que estão na unidade”, criticou Viana.

O dirigente explicou ainda que correto seria isolar os pacientes com a doença em um único hospital e montar uma unidade de campanha ao lado. Ele criticou o Governo do Amazonas e disse que o estado não se preparou como devia para um novo pico da Covid-19.

“O princípio básico para tratar doença infecciosa é isolar os pacientes que estão contaminados. O Governo teve tempo de se planejar, mas não aprendeu a lição. Os prontos-socorros já estão sobrecarregados com outras doenças. As pessoas vão ficar com medo de vir. Vão ficar em casa e não vão morrer de Covid, mas de outras coisas, em suas casas. Não se pode cometer o mesmo erro que se cometeu na primeira onda”, afirmou o presidente do sindicato.

O Estado do Amazonas já tem mais de 200 mil casos confirmados da doença. O número de mortes passa de 5,2 mil. Na quinta-feira, último dia de 2020, Manaus teve um novo recorde de internações com 124, número maior do que o registrado no pico da pandemia em maio.

Secretaria responde

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-AM), o governo tem empreendido todos os esforços para a ampliação do número de leitos na rede estadual de saúde. Em nota, o órgão também explicou sobre o uso do Instituto da Mulher e Maternidade Dona Lindu para receber pacientes com a doença.

“Desde o início da pandemia do novo coronavírus, todas as unidades de saúde da rede estadual estabeleceram fluxos diferentes, com portas de entrada segregadas e equipes de profissionais distintas, para o atendimento de pacientes com Covid-19 e pacientes de outras patologias. Esses fluxos seguem em funcionamento, inclusive nas maternidades, hospitais e fundações”, explicou a SES.

Ainda segundo a secretaria, está sendo feita uma reorganização das unidades de saúde na capital. A Fundação Hospital Adriano Jorge deve receber pacientes com outras patologias, enquanto o Hospital Universitário Getúlio Vargas será destinado para cirurgias ortopédicas, deixando os demais prontos-socorros como porta de entrada para casos de urgência e emergência.

Na terça-feira (29), por causa do grande aumento de casos de Covid-19 em Manaus, dois hospitais montaram tendas externas para triagem de pacientes. O objetivo das estruturas montadas nos prontos-socorros 28 de Agosto e Platão Araújo é melhorar o fluxo e agilizar o atendimento nos casos de urgência.

Neste sábado (2), pessoas com sintomas da doença aguardavam, desde cedo, atendimento e denunciaram a falta de médicos no Hospital 28 de Agosto. A unidade fica ao lado do Instituto da Mulher e Maternidade Dona Lindu.

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https://www.osul.com.br/presidente-de-sindicato-dos-medicos-do-amazonas-critica-plano-do-governo-de-usar-maternidade-para-atender-doentes-com-coronavirus/ Presidente de sindicato dos médicos do Amazonas critica plano do governo de usar maternidade para atender doentes com coronavírus 2021-01-02
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