Terça-feira, 15 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 16 de novembro de 2021
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, convocou os dirigentes regionais do partido para discutir as questões que têm travado a filiação do presidente Jair Bolsonaro à legenda – inicialmente prevista para ocorrer na próxima segunda-feira, mas adiada no último fim de semana. A reunião está marcada para as 15h desta quarta-feira (17), em Brasília.
Na segunda-feira, Bolsonaro disse a jornalistas em Dubai que espera “em pouquíssimas semanas, duas, três, no máximo, casar ou desfazer o noivado” com o PL. “Mas eu acho que tem tudo para a gente casar e ser feliz”, completou.
Segundo Bolsonaro, a conclusão das conversas somente irá adiante se o PL desistir de apoiar partidos de adversários políticos dele, principalmente na esquerda, e de participar de palanques estaduais que possam beneficiar rivais como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e João Doria (PSDB).
“Nosso partido não pode estar flertando com a esquerda num ou outro Estado, se resolvermos isso aí eu assino essa filiação que me satisfaz e satisfaz em grande parte o nosso eleitorado, que quer a continuidade da minha política”, afirmou o presidente.
O presidente tem um time de conselheiros para tratar da filiação. Ele afirmou ter conversado nos últimos dias sobre a escolha do partido com os ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira (Progressistas), das Comunicações, Fábio Faria (PSD), e do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (sem partido).
O clã Bolsonaro se desentendeu com o mandachuva do PL por causa das composições políticas em São Paulo, Bahia, Pernambuco e Piauí. Na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, a ideia do Planalto é forçar o PL a desfazer o acordo para apoiar a virtual candidatura do vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB).
“Tem alguns Estados que para mim, a possível reeleição, se eu vier candidato, são vitais, como São Paulo. Ele (Valdemar) tem um compromisso com um candidato que vai apoiar o atual governador (Doria) se ele tiver o espaço lá no partido dele (para concorrer a presidente).”
O PL ainda não decidiu como vai atender as solicitações de Bolsonaro, mas ainda trabalha em ajustar um acordo. O presidente do partido pediu um tempo para Bolsonaro para poder administrar internamente a questão.
Integrantes do partido avaliam que um acordo só vai efetivamente começar a ser desenhado após uma conversa cara a cara entre Bolsonaro e Valdemar. O chefe do Poder Executivo volta ao Brasil na quinta-feira, 18. As informações são da revista Veja e do jornal O Estado de S. Paulo.