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Política Presos suspeitos de atuar na venda de dados do presidente do Supremo são pai e filho, diz a Polícia Federal

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Painel que criminosos usavam para vender dados obtidos ilegalmente de sistemas federais. (Foto: Polícia Federal)

Pai e filho foram presos preventivamente pela Polícia Federal (PF) na última quinta-feira (1º) no âmbito da Operação I-Fraude, que investiga a invasão de sistemas federais e o vazamento de dados de autoridades e pessoas públicas.

Os dois foram encontrados na casa deles em Vinhedo (SP), região de Campinas, no início da manhã. Policiais também cumpriram mandados de busca e apreensão no local. À tarde, a dupla teve a prisão confirmada pela Justiça Federal de Campinas durante audiência de custódia.

Segundo apuração da Globonews, entre as autoridades que tiveram os dados pessoais vendidos em uma rede social, está o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a PF, a quadrilha hackeava sistemas federais, roubava os dados e depois vendia por meio de redes sociais. Membros de facções criminosas e integrantes das forças de segurança, como policiais, estavam entre os “clientes” da organização criminosa.

A suspeita é que eles tenham faturado, ao menos, R$ 10 milhões com o esquema criminoso entre 2020 e 2024. De acordo com a PF, foi determinado o bloqueio de cerca de R$ 4 milhões das contas dos investigados.

Segundo a PF, a operação I-Fraude foi deflagrada na quarta-feira (31) em cinco estados do Brasil. A partir das informações coletadas na quarta, a PF pediu a prisão de três suspeitos, incluindo o pai e o filho de Vinhedo. A Justiça Federal autorizou e os mandados foram cumpridos nesta quinta.

Clientes

Segundo a PF, as suspeitas surgiram depois da identificação de uma invasão de banco de dados de sistemas federais. Informações pessoais de milhares de pessoas, incluindo inúmeras autoridades e pessoas publicamente conhecidas, depois ficavam disponíveis para consulta em um painel.

O painel de consulta era oferecido, principalmente, através de plataformas de redes sociais. Existiam diversos “planos” de mensalidades, de acordo com o número de consultas realizadas. Tal painel contava com aproximadamente dez mil “assinantes” com uma média de dez milhões de consultas mensais.

A PF identificou, dentre os usuários, membros de facções criminosas e até mesmo integrantes das forças de segurança. Com relação a estes últimos, os criminosos ofereciam o serviço de forma gratuita. No entanto, o servidor precisava enviar, para comprovação de identidade, foto de sua carteira funcional.

Dessa forma, os criminosos obtiveram cadastro, com foto, de milhares de servidores da segurança pública, que também tiveram seus próprios dados fornecidos.

As penas para o crime de invasão de dispositivo informático, lavagem de bens ou valores e organização criminosa podem chegar a 23 anos de reclusão, sem prejuízo de que, com a continuidade das investigações, os suspeitos possam responder por outros crimes em que tenham envolvimento.

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