Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 18 de junho de 2020
Indicador divulgado pelo Banco Central mostra efeitos da pandemia do coronavírus na economia
Foto: ReproduçãoO nível de atividade da economia brasileira registrou retração de 9,73% em abril, na comparação com o mês anterior, aponta o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), divulgado nesta quinta-feira (18) pelo BC (Banco Central).
O indicador é considerado uma “prévia” do PIB (Produto Interno Bruto), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
O resultado reflete os efeitos da pandemia do novo coronavírus, sentidos com maior intensidade na economia a partir de março. O número foi calculado após ajuste sazonal, uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes. De acordo com informações do BC, essa foi a maior queda do indicador desde o início de sua série histórica, em janeiro de 2003, ou seja, em pouco mais de 17 anos.
Em março, primeiro mês de impacto da Covid-19 na economia, o IBC-Br já havia registrado retração de 6,16% na comparação com fevereiro. Antes disso, o maior tombo havia ocorrido em maio de 2018 (-3,96%), refletindo os impactos da greve dos caminhoneiros.
Na comparação com abril do ano passado, informou o Banco Central, o índice de atividade econômica da instituição apresentou queda de 15,09%. Nesse caso, o índice foi calculado sem ajuste sazonal, pois considera períodos iguais.
No acumulado dos quatro primeiros meses deste ano, de acordo com a instituição, o índice de atividade econômica registrou uma redução de 4,15%. Em 12 meses até abril de 2020, os números do BC indicam uma queda de 0,52% na prévia do PIB – sem ajuste sazonal.
Recessão x depressão
Nesta quarta-feira (17), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a economia brasileira está em recessão e que o cenário “pode se transformar em depressão”, se não forem adotadas medidas adequadas como a realização das reformas estruturais.
“Paralisamos parcialmente a nossa economia, e provocamos, nos autoinfligimos, uma recessão. Que pode se transformar em depressão se não lutarmos adequadamente”, disse o ministro da Economia na ocasião.