Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 8 de abril de 2021
O Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional do fruto
Foto: DivulgaçãoA colheita nacional de azeitonas sofreu os efeitos da pandemia de coronavírus e da estiagem no ano passado, com uma queda de 57%. Mas, para este ano, a expectativa é positiva. A safra de 2021 deve atingir o triplo da anterior.
A colheita de azeitonas está chegando ao fim, com praticamente 97% da produção colhida. A expectativa é de um aumento de 100 mil litros de azeite, considerando que em 2020 a produtividade foi muito baixa, de 48 mil litros.
“Em 2021, nós tivemos uma melhora no período da floração em relação ao ano passado. Poderia ter sido melhor, mas também tivemos um excesso de chuva. Uma janela muito curta para a polinização, mas mesmo assim nós conseguimos chegar aproximadamente na estimativa de 100 mil litros de azeite este ano”, comemora o presidente do Ibraoliva, Paulo Marchioretto.
A produção de azeitonas, assim como outros alimentos, depende do clima. Para a colheita deste ano, o impacto não foi tão grande, resultando em grandes números. “No período da floração nós temos que ter uma janela de 15 a 20 dias de tempo seco. E quando tem muita chuva nesse período da floração, o pólen fica muito úmido e ele não se espalha no ar, ele cai. Então, isso dá uma quebra muito grande na polinização, por consequência diminui a produção de azeitonas”, explicou Marchioretto.
O Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional do fruto, tanto em quantidade quanto em área, além de ter uma maior variedade de oliveiras. “Nós temos o convênio com o Ministério da Agricultura e a Embrapa para importarmos mudas de variedades diferentes de Portugal e da Itália para fazermos um processo de adaptação ao nosso clima e solo. Assim, teremos um aumento de variedades disponíveis aos produtores, para que não fiquemos aqui em quatro ou cinco variedade ou dez, no máximo que temos hoje, e que é o que se utiliza”, disse o presidente do Ibraoliva.