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Brasil Profissionais do sexo protestam contra a violência policial na Argentina

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Medidas de isolamento no país incluem a suspensão das aulas presenciais e toque de recolher noturno. (Foto: Reprodução)

Profissionais do sexo foram às ruas em Buenos Aires, capital da Argentina, para denunciar a violência policial e exigir a reabertura dos motéis, uma das atividades afetadas pelas restrições impostas para conter a pandemia do novo coronavírus.

“Queremos trabalhar!”, gritaram dezenas de manifestantes, a maioria do coletivo trans que protestou nas portas do Ministério da Justiça denunciando que as trabalhadoras do sexo são vítimas de “prisões arbitrárias”.

Em nota, a Associação de Mulheres Meretrizes Argentinas (AMMAR) explicou que “a crise econômica e a falta de apoio do Estado levaram muitas profissionais do sexo a oferecer serviços sexuais nas vias públicas”, o que as expõe à prisão.

“O setor foi drasticamente afetado porque não tem possibilidade de gerar renda e hoje está em situação de extrema vulnerabilidade”, argumentou o coletivo.

Pandemia acentua a crise

A Argentina está sob medidas sanitárias que restringem grande parte das atividades desde 20 de março. O país sul-americano já acumulou mais de 600 mil casos confirmados e cerca de 13 mil mortes.

“As profissionais do sexo que decidem oferecer serviços para enfrentar a crise econômica se veem sob o risco de operações policiais com atos ilícitos e detenções arbitrárias”, denunciou a AMMAR.

“O fechamento de albergues temporários (motéis) também nos expõe a uma vulnerabilidade maior por termos que trabalhar em residências particulares”, explicaram.

A organização criou um fundo nacional de emergência, mas os pedidos de auxílio ultrapassaram a capacidade de ajuda. “Em Constitución (um bairro de Buenos Aires), por exemplo, 90% das profissionais do sexo vivem em hotéis familiares e mais de 200 estão devendo o aluguel desde o início da quarentena”, disseram.

Na Argentina, a lei não condena a prostituição em si, embora penalize a promoção ou exploração do trabalho sexual de outra pessoa.

PIB argentino

O Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina recuou 16,2% no segundo trimestre, na comparação com os três primeiros meses de 2020, segundo relatório divulgado nessa terça-feira (22) pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). Em relação ao mesmo período do ano passado, a queda chegou a 19,1%.

Levando em consideração a comparação anual, trata-se do pior desempenho trimestral do PIB argentino na história, em meio às restrições impostas pelo governo de Alberto Fernández para enfrentar o avanço do novo coronavírus. Até então, o recorde negativo era de -16,3%, registrado no segundo trimestre de 2002.

“As restrições globais à circulação de pessoas, com o objetivo de mitigar a pandemia de covid-19, afetam um conjunto significativo de atividades econômicas em todos os países”, disse o Indec.

Segundo o instituto, os setores mais afetados pela quarentena na Argentina foram hotéis e restaurantes, que recuaram 73,4% em base anual, e outras atividades de serviços comunitários, sociais e pessoais, com queda de 67,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. O consumo privado, por sua vez, encolheu 22,3%.

A pandemia agravou a situação econômica na Argentina, que está em crise pelo menos desde abril de 2018. Apesar de ter conseguido um acordo com credores privados para reestruturar parte de sua dívida externa, o país enfrenta, agora, uma escassez de dólares e impôs, na semana passada, mais controles sobre o câmbio.

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https://www.osul.com.br/profissionais-do-sexo-protestam-contra-a-violencia-policial-na-argentina/ Profissionais do sexo protestam contra a violência policial na Argentina 2020-09-22
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