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Rio Grande do Sul Homenagens à Revolução Farroupilha marcam o feriado desta segunda-feira no Rio Grande do Sul

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Programação inclui evento de extinção da Chama Crioula no Palácio Piratini. (Foto: Reprodução)

Uma cerimônia oficial no Palácio Piratini, em Porto Alegre, encerra oficialmente na manhã desta segunda-feira (20) os Festejos Farroupilhas. Às 9h, no Centro Histórico, cerca de 150 cavalarianos do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) seguirão desde o Parque da Harmonia até a sede do governo do Estado, onde será extinta a Chama Crioula.

Estão confirmadas as presenças do governador Eduardo Leite, da secretária da Cultura do Rio Grande do Sul, Beatriz Araujo, e de outros membros do primeiro escalão, além do presidente do MTG, Nairo Callegaro. O evento será transmitido pela TVE e na internet, por meio das redes sociais.

Em Porto Alegre, pelo segundo ano consecutivo não será realizado o Desfile de 20 de Setembro (por causa da pandemia de coronavírus), mas estão previstas atividades culturais no Harmonia. Além disso, a prefeitura mantém uma programação virtual com diversas transmissões de música e outras manifestações, que podem ser conferidas em prefeitura.poa.br.

História

Também conhecida como “Revolta dos Farrapos”, a Revolução Farroupilha (1835-1845) foi um dos principais movimentos regionais de contestação ao governo imperial durante a monarquia no País.

O conflito aconteceu, principalmente, por causa da insatisfação da categoria com a política tributária do governo imperial: no século 19, a província do Rio Grande do Sul tinha como principal produto o charque, elaborado a partir da carne bovina adquirida de estancieiros.

A grande insatisfação destes estava relacionada com a cobrança de impostos realizada pelo governo sobre a produção de charque da região. O charque gaúcho recebia uma pesada taxa, enquanto o produzido pelos uruguaios e argentinos tinha uma taxação menor.

Outras razões ajudam a entender o início dessa revolta: insatisfação com a taxação do gado na fronteira Brasil-Uruguai, descontentamento com a criação da Guarda Nacional e a falta de autonomia da província, dentre outros.

O somatório de fatores levou os gaúchos a rebelarem-se contra o governo central em 20 de setembro de 1835. Em um primeiro momento, a revolta não tinha caráter de separatismo, mas, à medida que a situação avançou, a saída separatista ganhou força.

A revolta se espalhou por parte considerável do território gaúcho. Mas o anúncio da separação da província só aconteceu em setembro de 1836, dando origem à República Rio-Grandense, também conhecida como República de Piratini.

A Guerra dos Farrapos teve como líder o estancieiro Bento Gonçalves, que inclusive foi presidente da República Rio-Grandense por algum tempo. Outros nomes importantes foram o do italiano Giuseppe Garibaldi e o do militar brasileiro David Canabarro.

Apesar da sua longa duração e da sua extensão para outra província do Sul, em geral o confronto teve combates de baixa intensidade. Ao longo de uma década, cerca de 3 mil pessoas morreram.

Não há consenso entre os historiadores sobre se os farrapos queriam se separar do Brasil ou se apenas queriam garantir mais autonomia para sua província. Outro ponto é que a luta dos farrapos não contou com o apoio de toda a população gaúcha: a cidade de Porto Alegre, por exemplo, não os apoiou.

Os combates se concentraram em confrontos de cavalaria, como na vitória dos farrapos na Batalha de Seival. Porém, à medida que a reação imperial se consolidava, os farrapos perderam força e partiram para a confronto de guerrilha, sobretudo a partir de 1842, quando o conflito já estava liquidado a favor do Império.

Para conter a revolta na província, o governo brasileiro nomeou Luís Alves de Lima e Silva, o Barão de Caxias (futuro Duque de Caxias). A ação do líder militar à frente de 12 mil homens foi eficiente, ao conseguir sufocar os farrapos com ações estratégicas e, com a diplomacia, levá-los à negociação.

A paz foi assinada no “Tratado de Poncho Verde”, em que os rebeldes encerraram o movimento. Na condição de derrotados, eles aceitaram os termos propostos pelo governo.

(Marcello Campos)

 

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