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Mundo Prostitutas fazem ato reivindicando a reabertura de bordéis na Alemanha

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Trabalho das garotas de programa foi afetado pela pandemia. (Foto: Reprodução)

Cerca de 400 prostitutas e donos de estabelecimentos de prostituição de toda a Alemanha, conforme estimativa da polícia, fizeram um protesto no distrito da luz vermelha de Hamburgo exigindo a reabertura dos bordéis na Alemanha após mais de três meses de fechamento para conter a propagação do coronavírus.

Com lojas, restaurantes e bares abertos novamente no país, onde a prostituição é legal, as profissionais do sexo dizem que estão sendo discriminadas e privadas de seus meios de subsistência, apesar de não representarem um maior risco para a saúde.

“A profissão mais antiga precisa da sua ajuda”, dizia um cartaz empunhado por uma mulher em uma janela de bordel na Herbertstrasse, rua que voltou a ser iluminada com luz vermelha depois de ter estado no escuro desde março. Algumas manifestantes usavam máscaras teatrais enquanto outra tocava um violino numa rua que faz esquina com a Reeperbahn, via de Hamburgo famosa por sua vida noturna.

A Associação de Profissionais do Sexo, que organizou o protesto, diz que o fechamento de instalações licenciadas está forçando algumas prostitutas a trabalhar nas ruas, que é uma forma ilegal e muito mais perigosa e anti-higiênica de trabalhar. A entidade afirma que os bordéis poderiam incorporar facilmente medidas de segurança contra a pandemia adotadas por outras indústrias, incluindo máscaras protetoras, melhor ventilação das instalações e registro dos dados para contato dos visitantes.

“A prostituição não apresenta maior risco de infecção que outros serviços que requerem proximidade física, como massagens, cosméticos ou mesmo dança e esportes de contato”, argumenta a associação através de nota. “A higiene faz parte do negócio da prostituição.”

Há semanas que representantes da classe apelam pela reabertura dos bordéis na Alemanha. Em alguns países vizinhos, serviços eróticos e sexuais já são permitidos novamente, como é o caso na Suíça, Bélgica, Áustria, República Tcheca e Holanda.

“Na Suíça, a prostituição é permitida novamente há quatro semanas, e desde então, nenhum caso de coronavírus foi registrado no país relacionado a visitas a bordeis”, diz Johanna Weber, da Associação Nacional de Prestação de Serviços Eróticos e Sexuais. Ela trabalha há 27 anos como prostituta em Hamburgo.

Não há números confiáveis sobre quantas pessoas trabalham na indústria do sexo na Alemanha. Cerca de 32.800 pessoas se registraram oficialmente até o final de 2018, no âmbito da lei alemã de proteção a profissionais do sexo. Segundo estimativas, elas seriam são cerca de 400 mil.

Empregos

De acordo com o Departamento Federal de Estatísticas da Alemanha (Destatis), cerca de 830 mil pessoas estavam empregadas diretamente na indústria automobilística alemã em 2019. Esse grande número é parte da razão pela qual o lobby do setor automotivo do país tem sido tão poderoso por tanto tempo.

Mas dizer simplesmente que os tempos estão mudando é colocar as coisas de uma forma suave. Em janeiro, um relatório da Plataforma Nacional para o Futuro da Mobilidade (NPM), uma agência de pesquisa financiada pelo governo alemão, sugeriu que, no pior dos cenários, mais de 400 mil empregos na indústria automobilística alemã poderiam desaparecer até 2030.

A pandemia da covid-19, que se seguiu nos meses seguintes, foi apenas a última crise para uma indústria que lutava em várias frentes. Mas a principal razão para a forte previsão da NPM foi suficientemente clara: a rápida transição dos motores a combustão interna para a eletromobilidade, acelerada pelas metas climáticas da União Europeia para 2030 para o setor de transportes.

Os carros elétricos exigem cerca de seis vezes menos peças do que um carro com motor a combustão. Isso obviamente significa que um número bem menor de trabalhadores é necessário para construí-los. Em relação à falta de lucros, o investimento maciço necessário para a competitividade da eletromobilidade significa que são necessários cortes de empregos para economizar dinheiro.

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https://www.osul.com.br/prostitutas-fazem-ato-reivindicando-a-reabertura-de-bordeis-na-alemanha/ Prostitutas fazem ato reivindicando a reabertura de bordéis na Alemanha 2020-07-12
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