Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 2 de dezembro de 2020
O Centro de Controle de Prevenção de Doenças (CDC), órgão de saúde dos Estados Unidos, redefiniu o tempo recomendado para que uma pessoa fique em isolamento após ter contato com um paciente infectado pela covid-19.
Quem teve proximidade com um amigo ou qualquer outra pessoa que teve a doença confirmada precisa ficar ao menos 10 dias em isolamento. Caso faça um teste e ele dê negativo, o tempo cai para 7 dias, de acordo com a agência de notícias Associated Press.
Henry Walke, um dos diretores da agência, fez uma ressalva à emissora americana CNBC. Ele explicou que o período de 14 dias ainda é “a melhor forma de evitar a transmissão do Sars-CoV-2”, mas a nova opção é uma alternativa mais curta e “aceitável”.
“Reduzir a duração da quarentena pode tornar mais fácil para as pessoas seguirem com as ações mais críticas de saúde, reduzindo as dificuldades econômicas associadas a um período mais longo, especialmente se não puderem trabalhar durante esse tempo”, disse Henry Walke, diretor do CDC.
Segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins, os Estados Unidos têm mais de 13,7 milhões de casos confirmados da covid-19, com 271.347 mortes devido à doença. A mesma base de dados aponta o Brasil como terceiro país mais afetado em número de infectados pela doença, com 6,3 milhões de casos e 173.817 mortes.
Aumento de casos
Quase 37 mil americanos morreram de covid-19 em novembro, o máximo em qualquer mês desde os primeiros dias sombrios da pandemia, deixando famílias em luto, preenchendo páginas de obituários de jornais e testando a capacidade de necrotérios, casas funerárias e hospitais.
Em meio ao ressurgimento, os Estados começaram a reabrir hospitais de campanha para lidar com um fluxo de pacientes que está levando os sistemas de saúde – e seus trabalhadores – ao limite.
Os hospitais estão trazendo necrotérios móveis. E os funerais estão sendo transmitidos ao vivo ou realizados como eventos dirigidos.
Autoridades de saúde temem que a crise seja ainda pior nas próximas semanas, depois que muitos americanos ignoraram os apelos para ficar em casa durante o Dia de Ação de Graças e evitar ver pessoas que não vivem junto.
“Não tenho dúvidas de que veremos um número crescente de mortos e esse é um lugar horrível e trágico para se estar”, disse Josh Michaud, diretor associado de políticas globais de saúde da Fundação da Família Kaiser. “Vai ser um par de semanas muito sombrio”.
O número de mortos em novembro foi muito menor do que os 60.699 registrados em abril, mas perigosamente perto do próximo total mais alto, de quase 42 mil em maio, de acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.