Segunda-feira, 12 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 15 de agosto de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Os candidatos à Presidência da República precisam abandonar as picuinhas nos debates e entrar em assuntos de relevância. Exemplo: o monopólio estatal que, na maioria das vezes, resulta em ineficiência e empreguismo. Significa também produtos e serviços mais caros com danos aos consumidores e aos contribuintes. Como há defensores da manutenção do sistema atual, vão ganhar os eleitores que poderão chegar às suas conclusões.
Não adianta só a boa intenção
Legisladores ou magistrados têm definido as regras dos debates em rádios e TVs. Provavelmente por desconhecimento, levam à inviabilidade técnica pela exigência de participação de todos os candidatos no mesmo programa. Em consequência, não há condições de esclarecimento do eleitor e aprofundamento das discussões.
O que está errado
As normas para divisão da propaganda eleitoral obrigatória é atribuição do setor público e com isso deve-se concordar.
Porém, a organização dos debates, em espaços cedidos espontaneamente nas grades de programação, deveriam ser de exclusiva responsabilidade dos veículos que desejam transmitir. O que ocorre hoje é uma intromissão indevida.
Vai mudar pouco
As primeiras gravações dos programas de propaganda eleitoral em rádio e TV consagraram lugares comuns, obviedades e platitudes. Os que assistiram algumas em circuitos internos definiram como colapso das expectativas.
Durante e depois
A audiência dos debates na TV entre os candidatos à Presidência da República, em função do horário, pode não ser grande. Funciona mais a repercussão nos dias seguintes porque se torna assunto de várias conversas, a partir de avaliações dos que assistiram.
Espaço para investigar
Na tribuna, durante a sessão plenária de ontem, o deputado estadual Enio Bacci voltou a cobrar de seus colegas: faltam duas assinaturas para ser criada a CPI do Badesul. A instituição de fomento é acusada de fornecer financiamento a empresas que não tinham condições de pagar.
Jogo de cena
Durante mais de duas horas, deputados estaduais debateram, na sessão plenária de ontem, a criação do Programa de Incentivo ao Aparelhamento da Segurança. Permite que empresas privadas contribuam para o Fundo Comunitário Pró-Segurança e abatam percentual no recolhimento do ICMS devido.
Apesar de críticas da oposição, todos votaram a favor. Ficar contra o aumento de receita para um setor com tantos problemas seria uma autocondenação junto à sociedade.
Causa e efeito
Na gestão pública, nada acontece por acaso. Antes da Constituição de 1988, o País gastava 4 por cento do Produto Interno Bruto em Previdência. Agora, chega a 12 por cento, sem ter previsto receitas que suportassem o aumento da despesa. Justifica-se assim o rombo nas contas, que ameaça pagamentos futuros a aposentados e pensionistas.
Função espinhosa
Projeto em análise no Senado propõe que a profissão de síndico seja regulamentada. Deve incluir, entre os requisitos, exame médico dos candidatos comprovando que são imunes a dores de cabeça.
Além do limite
Reuniões de condomínio costumam ter a maior concentração de conflitos por metro quadrado. Em um edifício de Capão da Canoa, onde há encontro anual, a empresa administradora costuma chamar uma ambulância para ficar de plantão. No verão de 2017, dois proprietários começaram a discordar quando analisavam algumas proposições. Foram para o jardim, brigaram a socos e um teve o braço fraturado.
Falta assoprar
Na campanha eleitoral à Prefeitura de Porto Alegre, em 1988, os sete candidatos prometeram acelerar o projeto de transformação do cais Mauá em área de cultura, turismo e lazer. Dá para acender as velinhas de 30 anos.
Aprovações após polêmicas
A 15 de agosto de 1988, a Constituição brasileira garantiu, sem restrições, o direito de greve e permitiu o voto de menores entre 16 e 18 anos. As decisões foram tomadas pelo Congresso Constituinte que manteve os textos aprovados no 1º turno.
Perseverança
Campanha eleitoral serve também para testar a resistência muscular: 1 mil e 500 apertos de mão por dia não é para qualquer um.
No impulso
Estender a mão virou gesto tão automático que, em 2016, um candidato cumprimentou manequim, na porta de uma loja na Rua da Azenha.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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