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Brasil Questionada sobre casos no Brasil e nos Estados Unidos, porta-voz da Organização Mundial da Saúde diz que países não levaram a sério os alertas sobre o coronavírus

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Declaração ocorre após declaração dada nesta segunda-feira sobre "transmissão de casos assintomáticos ser rara". Organização esclareceu confusão. (Foto: Reprodução)

A porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Harris, disse que alguns países não levaram a sério, desde o início da crise, os alertas sobre o novo coronavírus. A declaração veio após ser questionada sobre os motivos pelos quais o Brasil e os Estados Unidos registram uma grande quantidade de casos da Covid-19, doença causada pelo vírus altamente contagioso. A pergunta foi feita a Harris em uma entrevista coletiva virtual nessa terça-feira (12).

“Em todo o mundo, vimos que os alertas que lançamos desde muito, muito cedo, não foram vistos como alertas sobre uma doença muito letal e grave”, respondeu a porta-voz da OMS, sem citar diretamente os dois países.

Atualmente, os Estados Unidos são o país com o maior número de casos confirmados (1,3 milhão) e de mortes pela Covid-19 (mais de 82 mil). Desde o início da crise, o presidente americano, Donald Trump, manteve uma conduta errática, ora falando dos riscos à saúde, ora insistindo na volta das atividades econômicas.

Já no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro é um dos únicos líderes mundiais a continuar com um discurso negacionista diante da pandemia, chegando a minimizar o vírus e a incentivar manifestações durante o período de isolamento. De acordo com o Ministério da Saúde, o País tem 177 mil casos confirmados e mais de 12,4 mil mortes por causa do novo coronavírus.

A posição do presidente brasileiro tem sido criticada pela comunidade internacional. A revista científica inglesaThe Lancet, que existe há 196 anos e é uma das mais respeitadas do mundo em sua área, publicou um editorial falando que Bolsonaro é “maior ameaça à resposta à Covid-19 para o Brasil”.

O responsável pelo Programa de Emergência da OMS, Michael Ryan, criticou, sem citar nomes, países que estariam tentando lidar com a pandemia às cegas.

“É realmente importante mostrar exemplos de países dispostos a abrir e a manter os olhos abertos. Fechar os olhos e atravessar a pandemia às escuras é uma equação estúpida.”

Ainda na coletiva dessa terça, a porta-voz da OMS falou a respeito das críticas que a organização tem recebido por parte dos Estados Unidos. Harris afirmou que o organismo internacional conduziria uma revisão após a pandemia que incluiria uma discussão “livre e franca” sobre seu desempenho.

Harris também disse que as Américas são o atual epicentro da pandemia, embora ela também tenha observado casos crescentes na África. No entanto, a porta-voz disse que o continente tem uma “grande vantagem” em relação a outros países com pouca experiência em surtos de doenças infecciosas.

“Eles costumam ter uma infraestrutura muito boa de rastreamento de contágios, além de uma memória profunda e um entendimento de por que levamos um novo patógeno muito, muito a sério”, disse Harris, destacando a África do Sul por seus sistemas de testagem e rastreamento eficazes.

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