Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 16 de setembro de 2019
A Receita Federal tem protagonizado crises desde o início da gestão do presidente Jair Bolsonaro e tenta se adaptar para manter as atividades diante da forte redução no quadro de pessoal e aperto orçamentário. A Receita já passa por um amplo processo de reestruturação, que inclui o fechamento de agências, o direcionamento de serviços para a internet, o corte de superintendências e a redução de funções.
Essas mudanças estão em fase de implementação, mas desde 2007 o número de servidores da Receita caiu em mais de um quarto. A carreira de auditores fiscais é a mais afetada até o momento. Outro agravante é o fato de que 25% dos servidores ativos estão aptos a se aposentar a qualquer momento.
Ainda não há uma definição do número de agências que serão fechadas, mas a Receita afirma que usuários serão direcionados para outras modalidades de atendimento, e que os municípios que deixarem de ter unidades poderão contar com postos de atendimentos menores ou encaminhamento para serviços pela internet.
A receita tem protagonizado polêmicas no governo. Entre os episódios está a demissão do subsecretário-geral João Paulo Fachada, por ter sido contra interferências no órgão. O episódio mais recente levou à queda do então secretário especial, Marcos Cintra, após a apresentação da proposta de uma nova CPMF sem autorização do ministro da Economia, Paulo Guedes, e de Bolsonaro.