Quarta-feira, 16 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 4 de fevereiro de 2021
Em 2020, nove correspondentes bancários foram proibidos permanentemente de oferecer crédito consignado em nome dos bancos. As punições são resultado da autorregulação do crédito consignado da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e da Associação Brasileira de Bancos (ABBC) que entrou em vigor em 2 de janeiro de 2020.
Além disso, até dia 31 de dezembro, foram aplicadas sanções contra outros 238 correspondentes bancários em razão de reclamações de consumidores sobre oferta irregular do produto.
Ao longo de todo ano de 2020, mais de um milhão e cem mil pessoas solicitaram o bloqueio telefônico por meio da plataforma “Não me Perturbe”, que é uma importante ferramenta para evitar o assédio comercial.
“O setor bancário acompanha de perto o trabalho de todos os seus agentes. Atuações que não estejam e linha com as melhores práticas de mercado e que possam trazer prejuízo ou incômodo aos clientes estão sendo punidas. Não compactuamos com nenhuma conduta que viole direitos dos consumidores”, diz Isaac Sidney, presidente da Febraban.
Cento e trinta e quatro correspondentes foram advertidos e 104 tiveram suas atividades suspensas temporariamente. Em casos de reincidência, os agentes tiveram suas atividades suspensas por prazos que variam entre 5 até 30 dias.
Além disso, 9 tiveram a atuação interrompida permanentemente. São eles: Credmais; Provisão Vendas; F Sunglass; M Lessa Serviços; Agrice Rodrigues de Araujo; Atitude MG; WG Serviços Cadastrais São Paulo; MJ Serviços Cadastrais São Paulo e Otimize.
Os bancos que não aplicarem as sanções poderão ser multados pelo Sistema de Autorregulação por conduta omissiva. Os valores variam de R$ 45 mil até R$ 1 milhão. As multas arrecadadas serão destinadas a projetos de educação financeira.
“Observamos forte comprometimento da maioria dos correspondentes com a melhoria da oferta e da concessão do crédito consignado aos consumidores, com a consequente redução das reclamações. Com o desenvolvimento da Autorregulação, bases sólidas estão sendo construídas para que o produto possa continuar desempenhando o papel de levar crédito barato a um público de baixa renda, com atendimento de qualidade”, afirma Ricardo Gelbaum, presidente da ABBC.