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Economia Redes de lojas, fabricantes e associações da indústria de eletroeletrônicos mostram “otimismo moderado” com o desempenho até o fim do ano

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Apesar da concentração de datas favoráveis no segundo semestre, setor mostra um 'otimismo moderado' com o desempenho até o fim do ano. (Foto: Reprodução)

Mesmo com a concentração de datas favoráveis ao varejo no segundo semestre, como Copa do Mundo, Black Friday e Natal, o setor de varejo se mantém preocupado. Grandes redes de lojas, fabricantes e associações que representam a indústria de eletroeletrônicos mostram “otimismo moderado” com o desempenho até o fim do ano.

Apesar do empurrão extra que estas datas costumam dar nas vendas, a inflação ainda em patamar elevado, os juros de 13,75% ao ano e o orçamento comprometido com as despesas do dia a dia podem frear a disposição do brasileiro para o consumo. Além disso, o país ainda tem 66,8 milhões de inadimplentes, segundo os dados mais recentes do Serasa, com valor médio de dívida de R$ 4.211,83 por pessoa.

Se o cenário macroeconômico não contribui, um fator extra pode causar impacto: a injeção do Auxílio Brasil, de R$ 600, que começou a ser pago em agosto e vai injetar R$ 41,2 bilhões na economia. Para analistas, isso pode fazer com que as vendas cresçam acima do primeiro semestre. Entre janeiro e junho, as vendas do comércio varejista brasileiro fecharam com alta de 1,4% em relação a igual período do ano anterior, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do IBGE.

Comportamento

“As vendas podem surpreender e superar expectativas. Copa do Mundo estimula venda de eletrônicos, bebidas. O Auxílio Brasil tende a dar uma oxigenada na economia. Embora o consumidor esteja mais racional no processo de compra, com inflação alta e juros elevados, as palavras promoção, liquidação e Black Friday acabam impactando. O consumidor é um ser emotivo”, avalia o consultor Marcos Gouvêa de Souza, diretor-geral da Gouvêa Ecosystem, especializado em varejo.

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgado nesta semana, alcançou 124 pontos em agosto, redução de 1,8% em relação a julho, na comparação com ajuste sazonal. Foi o primeiro recuo no otimismo dos tomadores de decisão do varejo em quatro meses. No comparativo com agosto de 2021, porém, a confiança do comércio está 7,8% mais alta.

Em relação às expectativas, o índice de agosto apontou que 87,3% dos varejistas esperam que o comércio tenha desempenho melhor nos próximos meses. Mas cresce a parcela daqueles que consideram que as condições para operação vão ficar mais difíceis: 12,7% em agosto, a maior desde julho de 2021.

A CNC avalia que apesar da injeção de recursos na economia e no comércio, com a ampliação temporária da renda das famílias e da recuperação do emprego, a inflação e os juros altos têm atuado como limitadores do poder de compra das famílias, especialmente os de menor renda.

Aposta na Copa

A varejista Magazine Luiza aposta na Copa para alavancar as vendas. Na categoria esportes, por exemplo, serão oferecidos uniformes dos países participantes e a rede terá exclusividade na venda da bola oficial da Copa, a Al Rihla.
Já no caso de bens duráveis, a varejista avalia que nos próximos meses terá uma base de comparação anual de vendas menor que a referência que tinha até agora. Mas a Copa e a Black Friday, além do início da operação do 5G no país, trazem mais confiança na retomada gradual das vendas.

José Jorge do Nascimento, presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) observa que a Copa é um ponto de atração para o consumo, mas lembra que a venda de televisores em 2021 fechou 16% menor do que 2020.

“Isso reflete o desemprego elevado, perda de poder aquisitivo, a pressão inflacionária. A entrada do Auxílio Brasil vai ajudar as pessoas a pagarem dívidas em agosto e setembro. Em novembro e dezembro, a população pode voltar a fazer compras”, diz Nascimento.

 

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