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Política Regina Duarte diz sim a Bolsonaro e é a nova secretária especial da Cultura

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Presidente da República Jair Bolsonaro abraça Regina Duarte durante encontro.

Foto: Carolina Antunes/PR
Atriz deixa o cargo em Brasília após desgastes envolvendo nomeações. (Foto: Carolina Antunes/PR)

Depois de alguns dias mantendo a classe artística na expectativa, período no qual declarou estar “noivando” com o governo, a atriz Regina Duarte aceitou nesta quarta-feira (29) o convite feito pelo presidente Jair Bolsonaro para que assumisse a Secretaria Especial da Cultura.

O sim foi oficializado numa reunião da atriz no Palácio do Planalto com Bolsonaro e Marcelo Álvaro Antonio, ministro do Turismo, a quem a pasta da Cultura está vinculada. Fontes dentro do governo acreditam que, agora, Bolsonaro considere a possibilidade de fazer a pasta voltar a ter status de ministério, ou ao menos ter uma interlocução direta com o Planalto.

O convite a Regina foi feito por Bolsonaro no último dia 17, após Roberto Alvim ser demitido do cargo por ter copiado trechos de um discurso nazista. A atriz desembarcou em Brasília por volta das 13h, e seguiu para a Secretaria da Cultura. Após o encontro que começou às 16h20min e durou meia hora, ela deu sua resposta sucinta aos jornalistas.

“Sim”, declarou uma sorridente Regina, que estava acompanhada da reverenda Jane Silva, convidada por ela para o cargo de secretária-adjunta. “Só que agora vão ocorrer os proclamas antes do casamento.”

Depois de deixar a reunião, Bolsonaro também afirmou que a nomeação está na “fase do proclamas”, como é chamado o documento emitido pelos cartórios quando os noivos dão entrada no casamento civil.

“Está tudo certo, está caminhando. Ela está acertando umas questões pessoais dela”, disse o presidente ao chegar no Palácio da Alvorada.

Bolsonaro apresentou Regina aos ministros Paulo Guedes (Economia) e Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública), que estavam reunidos com ele antes. O ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, também esteve no gabinete com Bolsonaro e Regina. Ele já conhecia a atriz, filha de um militar, quando era general da ativa e foi o responsável por entrar em contato com ela após a demissão de Alvim.

Após o encontro no gabinete, Regina foi ao encontro do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, para discutir a estrutura da secretaria. Ele acumula a subchefia de Assuntos Jurídicos (SAJ) do Planalto.

Em nota, o ministro Marcelo Álvaro Antonio disse que a atriz é um reforço “do mais alto nível” ao governo e terá excelentes resultados no cargo.

“Turismo e Cultura são atividades com uma forte sinergia que mostram ao mundo o que o Brasil tem de melhor, além de terem um alto potencial de geração de emprego e renda em nosso País e é sob essa perspectiva que trabalharemos fortemente e tendo essa importante parceira em nossa equipe. Tenho certeza que ela será bem-sucedida nesse novo desafio e que teremos excelentes resultados”, diz a nota.

Quarta titular no cargo

Na terça-feira (28), Bolsonaro havia dito que Regina tem o “conhecimento do que vai fazer no cargo”, mas ressaltou que ela precisará de pessoas “com gestão” ao seu lado, e garantiu que ela terá a liberdade de “trocar quem ela quiser” na secretaria.

A atriz será a quarta titular da Cultura no governo Bolsonaro. Em agosto, o então secretário Henrique Pires deixou o cargo após polêmica envolvendo o cancelamento de um edital para TVs públicas que incluía séries com temática LGBT. Depois, o economista Ricardo Braga foi alçado ao cargo, mas acabou sendo indicado para chefiar uma secretaria do Ministério da Educação após cerca de dois meses. Foi substituído por Alvim, que caiu depois de emular um discurso do nazista Joseph Goebbels, ministro de Hitler. O interino de Alvim, José Paulo Soares Martins, foi exonerado logo depois.

O nome da atriz foi sugerido pelo próprio Bolsonaro no momento da demissão de Alvim. O presidente perguntou aos aliados o que achavam de convidá-la e lembrou da atuação dela durante a campanha presidencial de 2018. A indicação de Regina Duarte, que é amiga da primeira-dama Michelle Bolsonaro, foi bem recebida de maneira geral pela classe artística, que vê nela uma potencial aliada, depois de um ano bastante turbulento na área, com diversos embates e polêmicas entre artistas e governo.

Para assumir o cargo, nos próximos dias a atriz deve se desligar da TV Globo. Em nota, a emissora afirmou que “a Globo e Regina Duarte estão negociando o fim da relação contratual, em função da decisão da atriz de aceitar o convite para ocupar a Secretaria Especial da Cultura”.

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