Quarta-feira, 01 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 10 de abril de 2024
As primeiras coletas para o Qualiágua II foram realizadas na bacia do rio Gravataí
Foto: Margareth Foernges/FepamA Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental), por meio do Samost (Serviço de Amostragem) da Dilab (Divisão de Laboratórios), iniciou, na última semana, as coletas para o programa Qualiágua II, iniciativa da ANA (Agência Nacional de Águas) voltada à produção e à divulgação de dados sobre a qualidade das águas no Brasil.
A coleta começaram pela bacia do Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre, e, nesta semana, ocorre no Litoral Sul, com apoio da Gerência Regional de Pelotas. Com o início da segunda fase do programa, o Rio Grande do Sul passa a monitorar 165 pontos, parte mensalmente e parte trimestralmente, contemplando todas as bacias hidrográficas do Estado.
“A partir da adesão ao Qualiágua, temos possibilidade de ampliar a rede de monitoramento, alcançando dados ainda mais representativos, por meio do ressarcimento de custos à Fepam. Também ganhamos maior coordenação nacional, uma vez que agora todos os Estados utilizam a mesma metodologia”, avalia o chefe do Samost, Gilson Rey.
A análise é realizada em campo e no laboratório. Primeiramente, a equipe técnica utiliza uma sonda multiparamétrica (dispositivo portátil) para registrar simultaneamente diversos parâmetros físico-químicos da água, como oxigênio dissolvido, pH, salinidade e temperatura. O trabalho segue no laboratório da Fepam, onde mais de 20 parâmetros são verificados.
Os resultados são disponibilizados à população, posteriormente, no site da fundação, via sistema RS Água. Além disso, o Departamento de Qualidade Ambiental (DQA), por meio das divisões de Monitoramento Ambiental (Dimam) e de Planejamento Ambiental (Diplan), produz relatórios anuais com base nas análises.
“O RS Água, além de disponibilizar os dados do monitoramento, confronta os parâmetros medidos com a Resolução Conama 357, classificando a qualidade da água em cada ponto e indicando se é adequada para usos mais ou menos nobres”, explica o chefe da Dimam, Márcio D’Àvila. “Nossos relatórios, para além da classificação, apresentam uma interpretação desses resultados, incluindo possíveis motivações para a melhora ou piora da qualidade da água”, acrescenta.
Os primeiros resultados do Qualiágua II devem estar disponíveis no sistema a partir de meados de maio, para utilização por pesquisadores, comitês de bacia e público em geral.
“O monitoramento ambiental é um dos instrumentos da Política Estadual do Meio Ambiente e um dos braços de atuação da Fepam, ao lado do licenciamento e da fiscalização. Com a entrega desses dados, buscamos contribuir para o aprimoramento da gestão sistemática dos recursos hídricos no Rio Grande do Sul”, afirma o presidente da Fepam, Renato Chagas.
Sobre o Qualiágua
A primeira edição do Qualiágua, ao qual o RS também aderiu, terminou em 2023, após cinco anos de monitoramento. Esta segunda fase do programa nacional tem validade de cinco anos e a expectativa é que o Estado receba R$ 3,8 milhões do governo federal pelo cumprimento de todas as metas durante o período. O valor é de R$ 1,1 mil por ponto amostrado.
Os pagamentos são feitos de forma semestral e estão condicionados à entrega de relatórios pelos Estados. Além dos repasses financeiros, também serão fornecidos equipamentos e veículos necessários para o trabalho, bem como capacitações às equipes envolvidas.
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