Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 3 de junho de 2017
O ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ex-assessor especial do presidente Michel Temer, foi preso pela PF (Polícia Federal) nesse sábado, preventivamente (antes do julgamento), em Brasília e levado para a Superintendência da PF no Distrito Federal, onde ficará numa sozinho numa cela de 9 metros quadrados, com beliche e uma cama. O local não tem televisão, pia, chuveiro, nem janelas. Na próxima segunda-feira, ele deverá ser transferido para o Presídio da Papuda, nos arredores da capital federal.
O mandado de prisão foi assinado na noite dessa sexta-feira pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato, a pedido da PGR (Procuradoria Geral da República).
Rocha Loures é suspeito de cometer os crimes de organização criminosa, corrupção passiva e obstrução de Justiça. Em março, ele flagrado pela PF recebendo em São Paulo uma mala com 500 mil reais. Segundo delações de executivos da JBS, o dinheiro era a primeira parcela de uma propina que seria paga por 20 anos.
O advogado do peemedebista, Cezar Bitencourt, avaliou que o pedido de prisão tinha como objetivo “forçar delação”. O defensor disse, na manhã desse sábado, que o ex-assessor de Temer “ficará em silêncio” e que vai recorrer ao STF. Ao contestar o novo pedido de prisão, a defesa afirmava que Rocha Loures não poderia interferir mais nas investigações, já que as buscas e apreensões da Operação Patmos foram realizadas e porque, após deixar o mandato, já não tinha poder político para prejudicar a produção de provas.