Quinta-feira, 28 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 27 de agosto de 2025
De janeiro a julho, o Rio Grande do Sul registrou cerca de 76 mil novas vagas de trabalho com carteira assinada, saldo da diferença entre 1.022.034 contratações e 945.994 demissões. O resultado supera em 66% o de igual período no ano passado (quase 46 mil), conforme atualização do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgada nessa quarta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A estatística também aponta o Estado em 6º lugar no País nesse indicador. No topo aparece São Paulo (saldo de 390,6 mil), seguido por Minas Gerais (152 mil), Paraná (102,3 mil), Santa Catarina (83 mil) e Bahia (77,3 mil).
Já a Região Sul ocupou a vice-liderança na geração de empregos: 261.342 novos postos formais. O ranking tem como primeiro colocada a Região Sudeste (626.676).
Na avaliação do titular da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Profissional (STDP) do Rio Grande do Sul, Gilmar Sossella, os números do Novo Caged confirmam que o Estado mantém o processo de recuperação e crescimento: “O acumulado de vagas formais nos sete meses iniciais de 2025 é maior que o saldo de todo o ano de 2024, por exemplo”.
Ele acrescenta que os números reforçam a importância do investimento em políticas públicas de qualificação profissional e apoio ao trabalhador, como os programas “RS Qualificação”, “MEI RS Calamidades” e “Artesão em Foco”, dentrer outras iniciativas: “Queremos que cada vez mais gaúchos tenham oportunidade de conquistar uma colocação no mercado de trabalho e que possam melhorar a sua renda”.
Desempenho em julho
No mês passaado, o Rio Grande do Sul apresentou saldo de 424 vagas formais, a partir de 131.438 contratações e 131.014 desligamentos no mês. Os cinco municípios com maior número de vagas formais criadas no mês foram:
– Gravataí (357).
– Pelotas (356).
– Gramado (295).
– Porto Alegre (188).
– Rolante (186).
“Em municípios como Gramado, o resultado positivo no saldo da empregabilidade reflete a força do turismo de inverno. A nossa Serra Gaúcha atrai milhares de visitantes todos os anos, movimentando hotéis, restaurantes e o setor de comércio e serviços. Isso reforça que o investimento na qualificação profissional é fundamental para atender a área”, explica o secretário Sossella.
Reflexos nos setores
Os serviços lideraram o ranking de empregos formais criados por grupamento de atividades no mês, com 694 novos postos. A construção ocupou a segunda posição, com a geração de 207 vagas. Os setores da indústria, comércio e agropecuária ficaram com saldo negativo no mês, respectivamente com -70, -168 e -239 vagas com carteira assinada.
De acordo com o governo gaúcho, os resultados negativos da agropecuária já eram esperados: “Os números estão diretamente ligados ao encerramento do ciclo de importantes colheitas no Rio Grande do Sul, como o da maçã, que tem Vacaria como um dos municípios com maior produção”, acrescenta o titular da STDP.
Ele finaliza: “Após o pico da safra, as vagas temporárias típicas da sazonalidade agrícola diminuem, o que se reflete nos números do Caged. Esse movimento é sazonal e faz parte da dinâmica do setor, sem indicar perda estrutural da nossa agropecuária”.
(Marcello Campos)
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