Domingo, 13 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 5 de dezembro de 2022
O coordenador do projeto do real digital no Banco Central (BC), Fabio Araujo, afirmou que o cronograma prevê o lançamento dos pilotos no segundo trimestre de 2023, mas é provável que tenha atrasos diante de problemas naturais do desenvolvimento. Atualmente, o projeto está na fase de desenvolvimento de casos de uso em laboratório.
Essa fase de testes duraria 18 meses e depois seria lançada oficialmente a CBDC (moeda digital do banco central, na sigla em inglês) brasileira, provavelmente no fim de 2024 ou início de 2025. Os pilotos devem ser feitos com públicos, horários e valores limitados.
“Teria fase de piloto de 18 meses, para acertar funcionamento. Espera ter visibilidade melhor depois do que é real digital, casos de uso e, se tiver com tudo azeitado, o que é muito difícil, no fim de 2024 ou início de 2025 seria lançado. É muito difícil esse cronograma.”
Durante sua apresentação no Encontro LIFT: Real Digital, evento realizado pelo BC e pela Federação Nacional de Associações de Servidores do Banco Central (Fenasbac), Araujo ponderou que, quando o real digital for efetivamente lançado, será com o mínimo necessário, sendo depois adicionados outros casos de uso e funcionalidades.
Segundo ele, um dos primeiros pilotos provavelmente será de negociação de títulos públicos, em linha com a discussão de outros bancos centrais, que teriam liquidação dentro do ecossistema do real digital.
Veja a seguir perguntas e respostas sobre o tema:
1) O que é o real digital?
É uma versão do real, moeda brasileira, para o ambiente online. Dessa forma, baseado em blockchain, ela é classificada como uma Central Bank Digital Currency (CBDC), ou moeda digital do Banco Central.
2) Como comprar?
O Banco Central ainda não divulgou detalhes a respeito deste tipo de transação. Por outro lado, o que se sabe até agora é que a moeda poderá ser armazenada em uma carteira virtual e utilizada em diversos serviços.
3) Como funciona?
Será possível fazer compras, pagar boletos e realizar outras aplicações financeiras, além de haver a possibilidade de uso por empresas, para o pagamento entre instituições. Haverá uma paridade entre o real e a versão digital. Ou seja, 1 Real Digital sempre valerá 1 real.
4) O que muda?
A moeda deve reforçar os conceitos de open banking e digitalização financeira, com soluções e aplicativos que funcionarão como um agregador da vida financeira.
5) Quais as diferenças entre a versão física e digital?
O digital nada mais é do que a moeda virtual brasileira. É uma versão digital do real impresso que já usamos. Portanto, tem o mesmo valor do dinheiro brasileiro de papel. A diferença é que a nova versão só poderá ser utilizada virtualmente.
6) A versão digital é uma criptomoeda?
Não, mesmo sendo baseado em blockchain. Ele é uma manifestação da moeda brasileira no formato tokenizado, com lastro do governo.