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Geral Saiba mais sobre a mulher que foi presa por aplicar um golpe milionário na própria mãe

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Sabine Coll Boghici, de 49 anos e filha do colecionador Jean Boghici, é acusada de aplicar um golpe de cerca de R$ 725 milhões na mãe. (Foto: Reprodução)

Uma mulher bonita, vistosa e excêntrica. Sabine Coll Boghici, de 49 anos, filha do colecionador Jean Boghici, acusada de aplicar um golpe de cerca de R$ 725 milhões na mãe com a ajuda de videntes, era conhecida no mundo das artes pela filiação e pela postura, geralmente exorbitante. Alta e esguia, não era raro encontrá-la com roupas de tule, tal qual uma bailarina.

De temperamento complicado, de acordo com pessoas que conviveram com ela ao longo dos anos, nunca teve um emprego formal. Se apresentava como “atriz, modelo e manequim”. Em seu Instagram, ela mesmo se define de forma parecida: “Atriz-Dubladora, modelo, cantora, protetora de coração e vegetariana pelos Animais”.

“Sabine sempre foi meio performista. Em uma das edições da ArtRio, cobriu parte da parede e do chão com sua coleção de bonecas e fez algumas performances no estande do pai, quando ele ainda era vivo”, relembra uma dessas pessoas, que prefere não se identificar. “Era meio estranho, não tinha nada a ver com as outras obras.”

Na missa de 7º dia do pai, mais uma vez, Sabine surpreendeu falando coisas sem nexo sobre o pai na igreja.

Apaixonada por bichos, uma vez chegou a dizer que abriria mão da coleção de arte dos pais em prol dos animais. Mas, não era bem assim. Anos atrás, quando a irmã Muriel esteve no Brasil, Sabine teria entrado no apartamento dela, em Paris, e vendido algumas obras de arte sem autorização.

A família, habituada com o comportamento problemático de Sabine, relevou. Dependente dos pais financeiramente, Sabine não era satisfeita com a quantia dada pela mãe para seus gastos, mas não lhe faltava nada.

Sobre a intenção da mãe de vender algumas obras da coleção de Boghici, não há confirmação. Mas, em 2012, a obra “Sol Poente”, de Tarsila do Amaral, esteve em exposição na ArtRio. Ainda que não estivesse sendo ofertado, é um sinal no mundo das artes de que há possibilidade de negociação da obra.

“Uma coleção vale como um todo. Quando você começa a tirar os quadros principais, o valor vai se perdendo. O Boghici tinha adoração por esses quadros pelo valor da obra, não pelo valor financeiro. Todos são ímpares.”

Ainda que tenha convivido a vida toda em meio a essa bolsa de valores de arte, Sabine, de acordo com fontes, não teria discernimento necessário para tomar decisões.

“Ela deve ter sido influenciada negativamente por charlatões e vendido as obras por valores infinitamente menores do que valem para a venda. Mau comparando, é como alguém que rouba um celular de última geração para revender as peças”, explica um especialista. “Seria mais justificável vender algum bem para conseguir pagar um lugar para morar, para se locomover ou se alimentar. Mas ninguém precisa desse dinheiro todo para isso. Ainda mais acelerar um processo para ter direito a algo que já é dela. Não dá para entender.”

Prisão

A Justiça do Rio de Janeiro manteve a prisão temporária de Sabine Coll Boghici, acusada de aplicar um golpe milionário, de mais de R$ 720 milhões, na própria mãe de 82 anos, viúva do colecionador de arte Jean Boghici.

Na decisão, a juíza Ariadne Villela Lopes, da Central de Custódia de Benfica, em audiência realizada nesta sexta-feira (12) escreveu “que a prisão é válida e não há notícia nos autos acerca de alteração da decisão que determinou a expedição do mandado, sendo vedado ao juízo da Central de Audiência reavaliar o mérito da decisão que decretou a prisão”.

Os outros três presos são da mesma família, Rosa Stanesco Nicolau e Jacqueline Stanesco Gouveia – que se apresentavam como videntes – e o filho de Rosa, Gabriel Nicolau Traslavina Hafliger, também passaram por audiências de custódia distintas nesta sexta-feira e também tiveram suas prisões mantidas.

Durante a audiência, a defesa de Rosa Stanesco informou que está reunindo documentação para reivindicar a revogação da prisão temporária.

Já defesa de Jacqueline requereu a revogação da prisão, alegando que nada de ilícito foi encontrado com a custodiada e que seu vínculo com os demais presos na operação também não foi comprovado. O pedido foi indeferido pela juíza Mariana Tavares Shu, que esteve à frente da audiência.

Crime

Policiais civis da Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade (Deapti) do Rio de Janeiro deflagraram, na quarta-feira (10), a Operação Sol Poente para desarticular uma quadrilha acusada de roubar mais de R$ 720 milhões de uma idosa de 82 anos, entre obras de arte de artistas renomados, joias e transferências bancárias.

As investigações indicaram que o golpe articulado pela filha da vítima começou a ser aplicado em janeiro de 2020, quando a idosa, viúva de um colecionador de arte e marchand, saía de uma agência bancária, em Copacabana, na zona sul da cidade.

De acordo com a Polícia Civil, a senhora foi abordada por uma mulher que se apresentou como vidente e dizia que sua filha estaria doente com expectativa de morte em breve. As informações são do jornal O Globo e da Agência Brasil.

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