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| Saiba mais sobre o dia em que o Sistema Solar acabou

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Sonda New Horizons tirou uma foto de Plutão e de sua pequena lua, Caronte (E). (Crédito: Reprodução)

O veterano físico e jornalista americano Dennis Overbye, 71 anos, faz uma reflexão sobre a chegada da sonda New Horizons a Plutão. Trata-se de um marco na exploração do Sistema Solar. “Passamos agora por todos os protagonistas do nosso quintal”, diz.

Overbye lembra que a busca agora segue especialmente pelos astros coadjuvantes, que, como nos grandes filmes, podem se relevar decisivos. Confira a seguir seu depoimento.
“Criança, antes de querer jogar beisebol pelo New York Yankees [time americano], eu queria ser caubói. Minha ideia era montar um cavalo pelos morros do oeste pelos quais sempre passávamos nas viagens de carro e ver o que havia do outro lado.

Eu imaginava que após cada morro haveria um novo morro, com novos mistérios. Não sou o único a pensar assim. Humanos buscam novos territórios desde que se aventuraram fora da África. Pode-se imaginar várias evolutivas para o desejo de bater perna: incentivar a diversidade, encontrar novos recursos, reduzir o efeito de secas ou pragas ou talvez até o sonho de se reinventar em um lugar onde ninguém sabia que você era um canalha.

Durante a maior parte da minha vida, os morros que nos atraíram foram os outros mundos. Nossos cavalos são robôs com nomes como Mariner, Viking, Voyager. Após uma viagem de nove anos e meio, no último dia 14 de julho chegamos ao último grande morro: Plutão. O estoque de planetas maiores – Plutão entre eles ou não – acabou. A fase de fugir do berço e olhar ao redor terminou. Nas palavras de Alan Stern, chefe da missão, foi ‘a última sessão de cinema’.

É verdade que, além dos morros, sempre existem novos morros – e além dos mundos existem mais mundos.
Então a New Horizons irá prosseguir, se tudo der certo, passando por um ou mais dos icebergs cósmicos do cinturão de Kuiper, onde sobras da aurora do Sistema Solar foram preservadas em baixíssima temperatura.

Se tudo der certo, sondas como a Dawn, agora orbitando o planeta-anão Ceres, e a Rosetta, orbitando o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, seguirão para o elenco de coadjuvantes do Sistema Solar que, como em muitos filmes bem bolados, podem se revelar ótimos personagens.

É difícil escrever estas palavras. Como serão entendidas daqui 50 anos? Eu nunca sonhei, quando astronautas deixaram a Lua em 1972, que poderia chegar um dia em que ninguém vivo tivesse pisado no satélite natural. Pode acontecer. Não é de doer o coração?

É fato que ninguém sabe se um dia cruzaremos o mar negro e muito gelado entre nós e as estrelas, além do Sistema Solar, mas isso não quer dizer que não teremos mais descobertas maravilhosas ou fundamentais em nosso quintal.

Além das perguntas que o primeiro reconhecimento do Sistema Solar gerou, a Nasa [agência espacial americana] agora pretende despachar uma sonda para Europa, a lua de Júpiter que tem um oceano salgado debaixo de uma camada de gelo, e talvez consiga enviar outra para os gêiseres que jorram em Encelado, a lua de Saturno, e investigar materiais orgânicos.
Minha ideia favorita é enviar um barco para navegar pelos mares e lagos de metano de Titã, a maior lua saturniana. A descoberta de um micróbio por lá seria o maior evento científico desta era.” (Folhapress)

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Alexandre Wollmann é diretor presidente do Senge RS.
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https://www.osul.com.br/saiba-mais-sobre-o-dia-em-que-o-sistema-solar-acabou/ Saiba mais sobre o dia em que o Sistema Solar acabou 2015-07-22
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