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Saúde Se ritmo de vacinação não mudar, Brasil pode ter 211 mil novas mortes por Covid até fim do ano, diz estudo

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Em contrapartida, se país quadruplicar taxa diária de imunização, cerca de 50 mil vidas seriam salvas, segundo cálculos.

Foto: Prefeitura de Rio das Ostras
Em contrapartida, se país quadruplicar taxa diária de imunização, cerca de 50 mil vidas seriam salvas, segundo cálculos. (Foto: Prefeitura de Rio das Ostras)

Se o ritmo de vacinação atual não mudar, o Brasil pode ter até 211 mil mortes por Covid do fim de junho à virada do ano, diz um novo estudo realizado por pesquisadores brasileiros.

Atualmente, o País vacina, em média, 360 mil pessoas por dia. Em contrapartida, se o Brasil quadruplicar a imunização (para 1,44 milhão), cerca de 50 mil vidas seriam salvas, acrescenta a pesquisa.

Os cálculos foram feitos por especialistas em Ciência da Computação das universidades de São João del-Rei (UFSJ) e Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais.

Eles usaram modelos matemáticos levando em conta variantes como casos ativos, taxa de imunização, eficácia das vacinas, mortalidade entre vacinados e não vacinados e transmissão do vírus.

A partir daí, simularam três cenários:

Cenário 1: Taxa de vacinação fixa de 360 mil por dia e eficácias de 50%, 75% e 90%.
Cenário 2: Taxa de vacinação fixa de 720 mil por dia e eficácias de 50%, 75% e 90%.
Cenário 3: Taxa de vacinação fixa de 1,44 milhão por dia e eficácias de 50%, 75% e 90%.

“Em todas as simulações realizadas, consideramos que toda vacina leva 35 dias para desencadear a resposta imune e é considerada na taxa de vacinação diária somente a quantidade de aplicações de primeira dose. A população máxima a ser vacinada é limitada em 160 milhões, o que corresponde ao número de pessoas aptas à imunização, de acordo com o Programa Brasileiro de Imunização”, dizem os pesquisadores.

E constataram que, se o Brasil mantiver a taxa de vacinação atual, de 360 mil pessoas por dia, haverá entre 188 mil a 211 mil novas mortes por Covid até o fim do ano, dependendo da eficácia do imunizante. No primeiro caso, 90%. No segundo, 50%.

A Coronavac, a vacina mais prevalente no Brasil, tem uma eficácia geral de 50,38%, segundo o Instituto Butantan, de São Paulo.

Já se o País duplicar a taxa de vacinação atual, para 720 mil pessoas por dia, o modelo prevê 23.467 mortes a menos (redução de 23%), quando comparado com a taxa de vacinação do Cenário 1.

E essa taxa fosse quatro vezes maior, a simulação prevê que o Brasil poderia reduzir o número de óbitos em 28%, com 45.765 vidas salvas até o fim do ano.

“Se considerarmos somente um aumento na eficácia da vacina (de 75% para 90%), e mantivermos a taxa em 360 mil por dia, teríamos 6.476 óbitos a menos no final dos 365 dias”.
Segundo os pesquisadores, no atual ritmo de vacinação, a Covid não seria totalmente controlada até o fim do ano, “independentemente da eficácia da vacina, pois o número de casos ativos ainda seria significante (199.383 casos ativos, no melhor cenário)”.

“Além disso, com essa taxa não seria atingido o objetivo de 160 milhões de pessoas imunizadas até dezembro, como anunciado pelo atual ministro da Saúde, em 11/06/2021”, acrescentam.
Eles concluem que “nesse contexto, as projeções sugerem que a taxa de vacinação continua sendo mais importante do que a eficácia da vacina para mitigar a pandemia e, principalmente, reduzir o número de óbitos”.

“Porém, os números projetados de mortes ao longo do ano são muito altos em qualquer cenários estudado, os quais simulam apenas o impacto da vacinação no enfrentamento da pandemia. Assim, nosso estudo sugere que mesmo com a vacinação, as medidas não farmacológicas, como distanciamento social e uso de máscaras, são de fundamental importância para prevenir a propagação da doença e diminuir o número de mortes ao longo do ano”.

O Brasil superou a marca de 500 mil mortes por Covid-19 em 19 de junho. Atualmente, é o segundo país do mundo com o maior número de óbitos pela doença, atrás apenas dos EUA, com cerca de 600 mil mortos.

Projeções indicam, no entanto, que o Brasil deve superar os EUA nos próximos meses.

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