De acordo com o boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (15) pelo ministério, o Brasil lidera, há cinco semanas, o número de mortes causadas pela doença por semana epidemiológica. Na média, foram registradas 1.015 mortes por dia nesse período no Brasil.

Apesar desses números, Medeiros se fixou no número de recuperados pela doença para defender que o Brasil é um exemplo no tratamento da Covid-19.

Avaliação de nomes

Diante da pressão sofrida após dois meses sem um titular no Ministério da Saúde durante uma pandemia que já matou mais de 75 mil brasileiros, o presidente Jair Bolsonaro começará a avaliar candidatos para assumir o posto tão logo termine o seu período de quarentena por também ter sido contaminado pelo coronavírus. Auxiliares e interlocutores do Palácio do Planalto preveem que um novo ministro seja anunciado até meados de agosto.

A substituição do interino, general Eduardo Pazuello, começa a ser preparada em meio ao mais novo embate entre as Forças Armadas e um integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), que desencadeou uma nova crise entre os Poderes. No último sábado (11), o ministro do Supremo Gilmar Mendes disse que o Exército estava se associando a um “genocídio” ao se referir à crise sanitária instalada no País com a Covid-19. A frase mirou os 20 militares que ocupam cargos estratégicos na Saúde, dos quais 14 na ativa.

“Predestinado”

O presidente Jair Bolsonaro afirmou na tarde desta quarta que o general e ministro Eduardo Pazuello (Saúde) é um “predestinado”. Isso porque, segundo o presidente, “nos momentos difíceis sempre está no lugar certo para melhor servir a sua Pátria”.

“Quis o destino que o Gen [general] Pazuello assumisse a interinidade da Saúde em maio último. Com 5.500 servidores no Ministério, o Gen [general] levou consigo apenas 15 militares para a pasta. Grupo esse que já o acompanhava desde antes das Olimpíadas do Rio”, escreveu nas redes sociais.