Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 11 de junho de 2021
As jogadoras da seleção feminina de futebol se posicionaram coletivamente nesta sexta-feira (11) contra o assédio e o abuso sexual. Horas antes do amistoso contra a Rússia, divulgaram em seus perfis pessoais nas redes sociais uma mensagem. A técnica Pia Sundhage, sua auxiliar Lilie Persson e dirigentes como Aline Pellegrino, coordenadora de competições femininas da CBF, e Duda Luizelli, coordenadora de seleções femininas, também participaram da ação. Na entrada em campo, exibiram uma faixa preta com letras brancas com a inscrição “assédio não”.
“Dizer não ao abuso são mais do que palavras, são atitudes. Encorajamos que mulheres e homens denunciem. Nossa luta pelo respeito e igualdade vai além dos gramados. Hoje mais uma vez dizemos: não ao assédio”, diz um trecho da nota.
Após o jogo, vencido pelo Brasil por 3 a 0, a meia Marta falou sobre o manifesto das jogadoras: “Foi uma decisão em conjunto, a gente tem uma comissão que é muito alinhada com as atletas, então a gente resolveu mostrar a nossa opinião nesse sentido. Somos obviamente contra qualquer tipo de assédio. Sem fazer pré-julgamentos, os fatos estão aí para serem apurados, mas a gente necessitava mostrar nossa posição”.
O manifesto, encorajando denúncias, foi feito uma semana após o afastamento do presidente da CBF, Rogério Caboclo, sob acusação semelhante. Nesta sexta, a Comissão de Ética da CBF notificou Rogério Caboclo, que tem 15 dias úteis para apresentar sua defesa.
Na entrevista coletiva após a partida, a técnica Pia Sundhage, disse que a decisão de publicar o manifesto “não foi fácil” mas aprovou o gesto da seleção: “Fizemos isso juntas, acho que foi uma boa opção”.