Sexta-feira, 09 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 19 de janeiro de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Uma data histórica: 20 de janeiro de 1946. Há 70 anos, o general Charles Andre Joseph Marie de Gaulle apresentou-se uniformizado diante dos ministros de seu gabinete, em Paris, e anunciou abruptamente sua demissão da presidência do governo provisório da França.
O principal motivo foi a hostilidade contra ele na Assembléia Constituinte. Os deputados comunistas e socialistas, por exemplo, opuseram-se a medidas econômicas que propôs.
De Gaule, nascido em 1890 na cidade de Lille, com 24 anos participou da Primeira Guerra Mundial, obtendo reconhecimento pela bravura.
Durante a Segunda Guerra Mundial, foi promovido ao posto de general. Com a ocupação alemã na França, em 1940, refugiou-se na Inglaterra, onde foi fundador e chefe das forças da Resistência, movimento formado pelos que não aceitavam a submissão do País ao poder nazista.
Durante a ocupação, a França ficou nas mãos do marechal Pétain, líder do governo fantoche manipulado pelos nazistas.
A 18 de junho de 1940, de Gaulle apelou pela rádio aos militares franceses para se juntarem a ele em Londres. Os que responderam ao apelo foram reconhecidos como membros da França Livre. Do exterior, coordenaram ações de resistência.
A 8 de maio de 1944, ocorreu a assinatura do armistício na zona da Europa com a rendição e expulsão das tropas nazistas.
De Gaulle retornou consagrado a Paris. Tendo assumido o governo a 13 de novembro de 1945, poderia permanecer pelo tempo que quisesse. Numa prova de desapego ao poder e inconformidade com a radicalização de comunistas e socialistas, renunciou para que a França encontrasse o entendimento. Em editoriais, os jornais franceses lamentaram a decisão, enfatizando a grandeza do gesto do homem público que tinha tudo para reconstruir o País, mas rejeitou conviver com correntes políticas radicais que não admitiam o diálogo.
Pétain foi julgado traidor por seus atos e sentenciado à pena de morte, convertida em prisão perpétua, cumprida na prisão de Île d’Yeu, ao largo da costa do Atlântico.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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