Terça-feira, 15 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 25 de agosto de 2022
O Brasil ultrapassou os 4 mil casos confirmados de varíola dos macacos. O último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde informou 4.144 casos de varíola dos macacos. O montante dobrou em apenas 19 dias, o que aponta para o avanço da doença pelo Brasil. O país — que tem a maior quantidade de infectados na América Latina e a terceira no mundo — acumulava 2.004 diagnósticos em 6 de agosto.
A maior parte dos casos está concentrada no estado de São Paulo, seguido de Rio de Janeiro e Minas Gerais.Segundo o ministério, não há registro da varíola dos macacos em Roraima e no Amapá. Apenas uma morte foi confirmada no Brasil. O único falecimento constatado no país trata-se de um homem de 41 anos, que tinha diversas comorbidades e enfrentava um câncer. Ele estava internado em Belo Horizonte.
A monkeypox tem baixa letalidade, mas a doença pode evoluir para quadros mais graves, sobretudo em pessoas de grupos de risco. Entre eles, estão imunossuprimidos — quem tem imunidade fragilizada devido a câncer, HIV/Aids ou transplante, por exemplo —, gestantes e crianças.
O Ministério da Saúde anunciou a compra de 50 mil doses de vacina para profissionais de saúde e pessoas que tiveram contato com infectados. A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), escritório da OMS nas Américas, fechou acordo com a fabricante Bavarian Nordic, da Dinamarca, por meio meio um fundo rotatório nesta quarta-feira.
Em meio à escassez mundial do produto, a projeção da pasta é que os imunizantes estejam disponíveis a partir de setembro em território nacional. Além disso, o ministério planeja adquirir o antiviral tecovirimat, destinado a pesquisas clínicas e a pacientes graves.
O órgão já pediu que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) analise ambos os produtos e conceda a dispensa de registro para importação e uso no Brasil. O resultado deve sair na próxima semana.
Segundo a pasta, a principal forma para prevenir a doença é evitar contato com pacientes infectados ou objetos contaminados, uma vez que a transmissão se dá, majoritariamente, pelo contato físico direto, pele a pele, com lesões ou fluidos corporais. Higienizar mãos e usar máscara também figuram entre as precauções.
No rol de sintomas, estão erupções cutâneas — isto é, lesões na pele como pústulas —, febre, inchaço dos gânglios (adenomegalia), dor no corpo, exaustão e calafrios. O diagnóstico costuma ser clínico, mas também há possibilidade de fazer um teste PCR, preferencialmente nas lesões.