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Política Senadores da CPI da Covid decidem pedir condução coercitiva do empresário Carlos Wizard

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Randolfe é o único brasileiro e o único político que receberá a honraria neste ano.(Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

A CPI da Covid decidiu pedir condução coercitiva do empresário Carlos Wizard à Justiça porque ele não respondeu à notificação para depor na semana que vem. A informação é do senador Randolfe Rodrigues, vice-presidente da comissão.

À CNN Brasil, o senador afirmou que “o paradeiro de Wizard é desconhecido e incerto. Ele sumiu”. A CPI notificou o empresário em sua casa no interior de São Paulo. No entanto, a comissão, de acordo com Randolfe, recebeu informações de que ele está nos Estados Unidos.

“Se estiver no exterior mesmo, a PF [Polícia Federal] vai esperá-lo no aeroporto”, explica. Wizard foi cotado para secretário de Ciência e Tecnologia, do Ministério da Saúde, área que cuida da incorporação de medicamento e tecnologias no Sistema Único de Saúde (SUS).

Interesse

O interesse dos senadores no empresário se dá pelo fato da proximidade de Wizard com o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, a quem conheceu enquanto o general atuava no comando da Operação Acolhida, que recebe refugiados venezuelanos nas fronteiras do Norte. Wizard atuou como voluntário na operação e ficou amigo de Pazuello, motivo pelo qual, já na pandemia, auxiliou Pazuello com assessoramento, como revelou o próprio ex-ministro durante a oitava na CPI.

No depoimento, Pazuello revelou a atuação de Wizard durante um mês, prestando assessoramento pro bono (pelo bem público) à pasta. Após o período em que o empresário atuou de forma extra-oficial, Pazuello lhe ofereceu o cargo de secretário de Ciências e Tecnologias da pasta. Segundo o ex-ministro, a posição seria conveniente por ter “muita ligação com a parte civil, com empresas”. “(Carlos Wizard) Passou um mês ajudando, eu indiquei e, na análise, ele desistiu. A partir daí, se desvinculou da tarefa”, afirmou o general.

Seria Wizard um dos idealizadores do investigado “gabinete paralelo”. Pazuello revelou que o amigo “por si só propôs reunir médicos aconselhadores. Eu confesso que eu não aceitei”, afirmou na sabatina de 19 de maio, mas, mesmo assim, reiterando desconhecer a existência de um aconselhamento extra-oficial.

Plano B

Como plano B, caso o depoimento de Carlos Wizard não ocorra, a CPI vai antecipar a oitiva do auditor Alexandre Figueiredo, suspeito de incluir uma tabela com dados equivocados sobre coronavírus no sistema do Tribunal de Contas da União (TCU). O documento foi utilizado pelo presidente Jair Bolsonaro como base para afirmar, equivocadamente, que metade das mais de 480 mil mortes registradas no Brasil não foram por covid-19.

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