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Esporte Será que a crise em campo está afetando as finanças de Neymar?

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Neymar é o quinto atleta mais bem pago do mundo segundo a Forbes. (Foto: Reprodução/Instagram)

Um ano atrás, Neymar estava por toda parte. Em reta final de recuperação, pouco antes do início da Copa do Mundo da Rússia, o jogador mais caro de todos os tempos era notícia diariamente – em diversas editorias – e estrelava incontáveis comerciais (assim como o técnico Tite). De acordo com lista da revista americana Forbes, em 2018 Neymar teve o quarto maior salário entre os esportistas, com um vencimento mensal de cerca de 24 milhões de reais. No quesito publicidade, teve resultado mais modesto: foi o 17º entre os ídolos com maiores ganhos com patrocínio. Em 2019, as marcas seguem apostando alto no capitão da seleção brasileira, mas a má fase do craque, dentro e fora de campo, já deixa o alerta ligado. O desempenho na Copa América deve ser decisivo.

Neymar é o quinto atleta mais bem pago do mundo segundo a Forbes, levando em conta o período entre junho de 2017 e junho de 2018: ele recebeu 90 milhões de dólares (equivalente a 356 milhões de reais), entre salários e patrocínios, ficando atrás apenas do boxeador Floyd Mayweather, de Lionel Messi e Cristiano Ronaldo e do lutador de MMA Conor McGregor.

No top 100, aparecem atletas de 11 diferentes esportes – o basquete lidera, com 40 representantes, seguida pelo futebol americano (18), beisebol (14), futebol (nove), golfe (cinco), boxe e tênis (quatro) e automobilismo (três). Os americanos dominam a lista com 65 atletas – o Brasil tem, além do capitão da seleção, apenas o meia Oscar Emboaba, do Shanghai Sipg, da China.

Levando em conta apenas salários, Neymar foi ainda melhor: só ficou atrás de Mayweather e McGregor (que receberam fortunas em uma badalada luta entre ambos) e de Lionel Messi, que renovou contrato com o Barcelona. No entanto, na lista de patrocinadores, Neymar recebeu “apenas” 17 milhões de dólares anuais (67 milhões de reais), cerca de um quarto do líder Roger Federer, o queridinho do marketing, com 65 milhões de dólares (257 milhões de reais). LeBron James, o segundo da lista, recebeu 52 milhões de dólares, quase o triplo de Neymar.

Não é possível dizer, no entanto, que Neymar esteja de mal com os anunciantes: atualmente, o camisa 10 é patrocinado por mais de uma dezena de marcas, como Nike, Red Bull, Gagà Milano, Beats, Replay, Mastercard, TCL, EA Sports, QNB, Pilão, Nishikawa, DAZN e Gilette. Nos últimos anos, o jogador investiu no mercado asiático, especialmente na China, o que ajudou alçá-lo de 17º, em 2017, para 5º na última lista da Forbes. No Brasil, mesmo com o filme queimado por questões de (mau) comportamento, segue estrelando campanhas na TV de duas marcas – e novas virão, garante seu estafe.

“Potencial de marketing extraordinário”

José Carlos Brunoro, consultor de marketing com forte ligação esportiva – teve passagem marcante como executivo do Palmeiras, além de cargos em voleibol, Fórmula 1 e basquete – , acredita que o fator mais importante para um bom garoto-propaganda do esporte é justamente o seu desempenho profissional. “A melhor propaganda é o que o sujeito desempenha em campo. O Neymar, que começou a carreira muito bem, vem de uma sequência de lesões, além de uma troca para um clube menos competitivo, o que o prejudicou nesse sentido”, explica.

“O segundo fator é o comportamental, tanto humano quanto midiático. Hoje as empresas dão certo valor a questões como a forma de se vestir, o corte de cabelo, a namorada… O ideal é que o atleta consiga unir tudo isso. Nesse aspecto, creio que o Cristiano Ronaldo seja o melhor exemplo, por ser um excelente jogador, bonito, com bom comportamento. O Messi já foca mais sua imagem no futebol e menos na mídia. O Neymar poderia ter tudo isso, mas está mais na fase midiática ultimamente.”

Neymar estrelou no ano passado uma das campanhas publicitárias mais controversas de sua carreira: um “mea-culpa” promovido pela Gilette, no qual o jogador rebateu as críticas sofridas na Copa da Rússia – o que apenas amplificou as contestações.

A sequência do ano pode ser decisiva para o jogador mais talentoso do país graças, especialmente, a um compromisso: a Copa América em casa, na qual nem sequer tem presença garantida. Cobrado depois da agressão de seu capitão a um torcedor na França, o técnico Tite disse que só se manifestará sobre o assunto no dia da convocação, em 17 de maio, quando já tiver conversado com Neymar. No ano passado, o treinador justificou a ausência de Douglas Costa em um amistoso por causa de uma cusparada do jogador da Juventus em um adversário. A tendência, no entanto, é que a indisciplina de Neymar, a estrela da companhia, não receba castigo tão severo.

Confirmada sua presença no torneio, que acontece de 14 de junho a 7 de julho no Brasil, Neymar deve seguir sendo, apesar de tudo, o queridinho da publicidade.

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https://www.osul.com.br/sera-que-a-crise-em-campo-esta-afetando-as-financas-de-neymar/ Será que a crise em campo está afetando as finanças de Neymar? 2019-05-03
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