Sexta-feira, 04 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 18 de fevereiro de 2022
O pré-candidato do Podemos ao Palácio do Planalto, Sérgio Moro, disse nesta sexta-feira (18) que vai “até o fim” na disputa presidencial e que vai permanecer no partido. “Vou até o fim. Alguém tem que falar a verdade em 2022”, afirmou o ex-juiz aos jornalistas ao chegar a um almoço com empresários do Lide (Grupo de Líderes Empresariais) na capital paulista.
Moro também reclamou que existem muitas especulações com seu nome. Nas últimas semanas, deputados do Podemos passaram a pressionar a legenda para desistir da candidatura, que drenaria recursos do Fundo Partidário.
O União Brasil também ventila a possibilidade de lançar Moro, mas a ideia divide a sigla.
Além do ex-ministro da Justiça, a senadora Simone Tebet (MDB-MS), e o cientista político Felipe D’Ávila (Novo) participaram do almoço do Lide, grupo que foi fundado pelo governador João Doria (PSDB).
Apesar de Moro dizer que vai “até o fim” na disputa presidencial, o ex-juiz federal e Simone Tebet (MDB-MS), pré-candidata do MDB, defenderam nesta sexta-feira que os nomes do centro se unam ainda no 1° turno em torno de uma candidatura única. Ambos defenderam que as pesquisas de intenção de voto e o índice de rejeição devem ser usados como critérios para a definição do escolhido.
“Sem dúvida é possível a união do centro até as convenções. Como avaliar? Com pesquisa, quantitativa e qualitativa. Não só a pesquisa de intenção de voto, mas também ver aquele tem o menor índice de rejeição”, disse Tebet aos jornalistas na saída do evento.
Ainda segundo a senadora, o momento certo para escolher o candidato desse bloco é em maio.
“Muitas pré-candidaturas vão se encontrar”, disse a parlamentar. “Acredito que é possível caminhar com uma única candidatura do centro democrático ainda no 1° turno.”
Moro afirmou que existe “convergência” entre os projetos do chamado centro democrático.
“O ideal é que essa união aconteça o quanto antes”, afirmou o ex-magistrado. “Temos que considerar vários fatores (para a escolha do nome). O mais fundamental é o pré-candidato que se encontrar mais à frente nas pesquisas. Devemos nos unir em torno de um nome mais competitivo, e as pesquisas devem ser levadas em consideração”.
Na pesquisa Ipespe divulgada nesta sexta, 18, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteve a liderança nas intenções de voto, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). O petista apareceu com 43%, ante 25% do atual mandatário. O resultado é próximo ao levantamento de dezembro (44% a 24%). Moro e Ciro Gomes (PDT) tiveram 8%, e João Doria (PSDB), 3%.
“Pesquisa de intenção de voto ou de rejeição? Tem que ver qual o critério. Popularidade é um dos elementos para definir?”, questionou d’Avila.
No início da semana, os presidentes do MDB, Baleia Rossi, do PSDB, Bruno Araújo, e do União Brasil, Luciano Bivar, se reuniram para retomar as tratativas sobre uma possível aliança ou formação de uma federação partidária. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.