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Expointer Setor automotivo ganha fôlego com a 48ª Expointer, segundo Sincodiv/Fenabrave-RS

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Fürstenau alerta à pulverização do mercado automotivo.

Foto: Anna Alves

A 48ª Expointer, consagrada como uma das maiores feiras agropecuária a céu aberto da América Latina, transcende seu papel tradicional no agronegócio e se consolida como um vetor estratégico para diversos segmentos da economia gaúcha — com destaque crescente para o setor automotivo. Realizada no final de agosto, a feira não apenas movimenta negócios rurais, mas também serve como palco privilegiado para fabricantes e concessionárias que buscam visibilidade, renovação de estoques e aproximação com o consumidor final.

Sinergia entre campo e indústria: um novo paradigma de negócios

A presença do setor automotivo na Expointer reflete uma mudança de paradigma: a feira deixou de ser exclusivamente rural para se tornar um hub de inovação e negócios multissetoriais. Segundo Jefferson Fürstenau, presidente do Sincodiv/Fenabrave-RS, a exposição de veículos durante o evento não é apenas simbólica — ela gera efeitos comerciais concretos que se estendem para os meses seguintes, especialmente setembro e outubro, quando ocorrem as entregas e os emplacamentos dos veículos negociados.

Nesta edição, a entrada de seis novas marcas (Gac, Bajaj, Omoda, Jaecoo,  Geely e CF Motors) ampliou significativamente o portfólio disponível, oferecendo ao público uma diversidade inédita de modelos, tecnologias e condições comerciais. As montadoras aproveitam o ambiente da feira para lançar promoções agressivas e condições especiais de financiamento, criando um ciclo virtuoso de estímulo à demanda.

Queda nas vendas, estabilidade no faturamento: um retrato da resiliência

Apesar da retração de 6% no volume de unidades comercializadas — 3.189 veículos em 2025 frente a 3.394 em 2024 — o faturamento manteve-se praticamente estável, totalizando R$ 591,85 milhões. Essa variação negativa de apenas 0,33% revela uma resiliência notável do setor, que conseguiu preservar sua receita mesmo diante de um cenário macroeconômico adverso, marcado por juros elevados, inflação persistente e desaceleração do consumo.

Esse desempenho sugere uma mudança no perfil de compra: menos unidades vendidas, mas com maior valor agregado. Veículos utilitários, SUVs e modelos com tecnologia embarcada parecem ter ganhado espaço, compensando a queda em volume com margens mais robustas.

Fragmentação do mercado e desafios estruturais

Fürstenau alerta para um fenômeno que preocupa os distribuidores: a pulverização do mercado. Com o aumento da concorrência e a entrada de novas marcas, o “bolo” do setor está sendo dividido em fatias cada vez menores. Essa fragmentação exige das concessionárias uma capacidade de adaptação estratégica, com foco em diferenciação, fidelização de clientes e eficiência operacional.

tags: expointer

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