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Brasil Sobreviventes do incêndio no Flamengo tentaram salvar os amigos quebrando as janelas do alojamento que pegou fogo

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Polícia ouviu 13 adolescentes e quatro funcionários sobre a tragédia. (Foto: Reprodução)

Os jogadores das categorias de base do Flamengo que sobreviveram ao incêndio ocorrido na madrugada de sexta-feira em um contêiner no centro de treinamento do Ninho do Urubu prestaram depoimento à Polícia Civil do Rio de Janeiro na tarde do mesmo dia. No relato, um deles disse ter sido preciso “quebrar as janelas para tentar salvar os atletas”, mas que “eles pareciam desmaiados”. A tragédia matou dez atletas com idades entre 14 e 16 anos.

Ainda de acordo com os garotos (as suas identidades não foram reveladas por serem menores de idade), o local tinha muita fumaça. Um dos atletas contou que ele e outros companheiros conseguiram quebrar a janela de um dos quartos pelos fundos do contêiner e resgataram os três sobreviventes: Francico Dyogo, Cauã Emanuel e Jhonata Ventura (de todos, é o que inspira mais cuidados).

Ele ressaltou que já havia muito fogo e que um dos seguranças veio com o extintor de incêndio. Foi nesse momento em que aconteceu uma grande explosão em um dos aparelhos de ar-condicionado instalados no alojamento.

Na mesma oitiva, um outro jovem relatou, por volta das 5h, acordou incomodado com o cheiro de queimado e com a temperatura do quarto muito alta. “Eu senti um vapor quente no rosto e então percebi que o ar-condicionado estava em chamas”, detalhou. O adolescente ainda tentou buscar água no bebedouro para apagar o fogo mas percebeu que não seria suficiente, já que as chamas estavam altas.

Os jovens que saíram do contêiner perceberam que o fogo estava se alastrando pelo teto de todos os outros quartos. De acordo com os depoimentos, o fogo começou no quarto 6. Todos os atletas que estavam neste dormitório conseguiram se salvar.

Em todos os outros houve vítimas: cinco morreram no quarto 1, três no quarto 2, uma no quarto 3 e outra no quarto 5.

“Eu acordei com um “barulho muito alto, como se fosse uma explosão. Aí acordei e um colega que estava ao meu lado gritou, avisando que ‘explodiu, tá pegando fogo!'”, corroborou um outro adolescente. “Tudo estava muito escuro e eu levantei, corri em direção à porta de saída junto com mais um colega,”

No alojamento onde estava a testemunha havia seis pessoas no momento da explosão. Todos conseguiram sair sem lesões. Ele reforçou a tese de que as chamas começaram mesmo no quarto 6.

Energia irregular

Outro jogador contou à polícia que o fornecimento de energia no centro de treinamento estava irregular e que o gerador ficou ligado durante toda a noite de terça-feira. No dia seguinte, quando o Rio de Janeiro foi atingido por um forte temporal, faltou luz no alojamento e ele foi dormir no quarto seis, onde o fogo começou.

No depoimento, o adolescente disse ainda que uma moça que estava de plantão chamou os bombeiros. É ela que aparece em imagens do lado de fora. Ele acrescentou que um dos seguranças chegou com um extintor de incêndio. Foi quando houve uma grande explosão em um dos aparelhos de ar condicionado.

Imagens das câmeras de segurança registraram o início do incêndio, às 5h17min. Mostram um menino saindo de um dos quartos, e já é possível ver o fogo no canto superior direito do vídeo. Outro adolescente sai do dormitório com a camisa no rosto, parecendo ter dificuldade de respirar.

De repente, uma fumaça preta começa a sair pela porta e dois adolescentes correm. Logo em seguida, o fogo e a fumaça aumentam, e muitos meninos correm para escapar do incêndio.

Até agora, a polícia ouviu 13 adolescentes e quatro funcionários do centro de treinamento. Os meninos que ainda estão internados também vão prestar depoimento assim que os médicos liberarem. A polícia precisa dessas informações e dos laudos da perícia para desvendar por que e como essa tragédia aconteceu.

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