Quinta-feira, 01 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 15 de junho de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O roteiro do PSB estava definido desde junho do ano passado: apoio à reeleição do governador José Ivo Sartori e uma candidatura ao Senado, a de Beto Albuquerque. Começou a se alterar três meses depois, quando o deputado federal José Stédile derrotou Beto na eleição à presidência do diretório estadual. Mudou mais ainda em abril deste ano: José Fortunati se tornou socialista com a promessa feita por Stédile, de que seria o segundo candidato do partido ao Senado. Novo distanciamento do plano original ocorreu há um mês: Hermes Zanetti se lançou como candidato ao governo.
Decisão no voto
O diretório estadual do PSB reuniu-se, ontem à noite, para fazer tudo retornar à fase inicial: a proposta de apoio a Sartori obteve 60 votos. Zaneti ficou com 35. Outras alianças se mostraram enfraquecidas: Jairo Jorge, do PDT, três votos, e Eduardo Leite, do PSDB, um. A definição, a seguir, foi sobre o candidato que o partido ofereceria à coligação com o MDB ao Senado. Beto somou 58 votos e Fortunati, 34. A chapa fica sendo Sartori ao governo; Germano Rigotto e Beto ao Senado.
Tudo se resume à proporção
A Constituição precisa ser revista para que a Federação se encaixe no Produto Interno Bruto. Enquanto isso não ocorrer, a sangria nos cofres públicos continuará desatada. A propósito, o placar eletrônico Jurômetro registrava, às 22h30min de ontem, 168 bilhões e 800 milhões de reais. Foi o que o governo federal pagou para rolar sua dívida desde 1º de janeiro deste ano.
Para mãos de multinacionais
Para enfrentar o déficit de 140 bilhões de reais no orçamento deste ano, o governo federal entrega os anéis para não perder os dedos. Conseguiu aprovar, quarta-feira à noite, na Câmara dos Deputados, por 281 a 109 votos, o regime de urgência para vender 70 por cento das reservas de petróleo da camada do pré-sal. O projeto é arrecadar entre 80 e 100 bilhões de reais. Na origem de tudo, as más gestões da Petrobras e o hábito consagrado de o governo gastar mais do que arrecada.
Teste de aceitação
Henrique Meirelles participará, às 10h de amanhã, do 2º Congresso Estadual MDB Mulher-RS no auditório da Assembleia Legislativa. A presença maior ou menor de lideranças do partido na recepção ao ex-ministro da Fazenda mostrará o termômetro do apoio gaúcho para sua candidatura à Presidência da República.
Ascensão e queda
A Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos, criada a 15 de dezembro de 1972, cumpriu com êxito sua missão até o final da década de 1990. Depois, deixou-se suplantar pela burocracia, perdendo o foco. Ontem, foi publicado o ato de sua extinção, dentro da política de cortes no orçamento estadual.
É de doer
Empresa operadora de plano de saúde enviou, esta semana, correspondência a seus clientes, informando que a mensalidade, a partir de julho, terá aumento de 36 por cento. Porém, acrescentou que negociações permitiram a redução para 18 por cento. Afiança que “o reajuste está normatizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar”. Oferece ainda outras alternativas. Só faltou dizer: “Caiam fora.”
Caso de Polícia
No Senado, ontem, foram obtidas as 27 assinaturas necessárias que permitirão a abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar os reajustes dos planos de saúde. Não precisa gastar tempo e dinheiro para isso. Basta ir à Delegacia de Polícia mais próxima do Senado e apresentar documentos oficiais: em 2016, a inflação medida pelo IPCA foi de 6,28 por cento. A Agência Nacional de Saúde autorizou aumento de 13,57 por cento. No ano passado, para a inflação de 2,9 por cento, a elevação foi de 13,55 por cento.
Não dá para afrouxar
Clubes tentam alterar a lei para permitir a venda de bebidas alcoólicas dentro dos estádios. Alegam que torcedores já consomem em barzinhos do entorno. A violência durante e depois das partidas torna-se crescente. Incentivar mais ainda é um grande equívoco. Espantará os que pretendem ver apenas a disputa de jogadores.
Método direto
A campanha eleitoral pode ser comparada a uma consulta médica: diante da nação cada vez mais doente, os candidatos precisarão dar o diagnóstico e prescrever a terapia viável. O resto será charlatanismo.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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