Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 13 de maio de 2021
O STF (Supremo Tribunal Federal) esclareceu que é falsa a informação divulgada e compartilhada em redes sociais de que o ministro Gilmar Mendes teria viajado em voos da FAB (Força Aérea Brasileira) e que as supostas regalias teriam sido suspensas pelo brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato. Segundo a notícia falsa, Mendes ainda teria exigido água e jantar especial no voo.
Segundo o STF, a informação mentirosa circula desde 2018 e já foi desmentida por agências de checagem. Além disso, Rossato não é mais comandante da FAB desde janeiro de 2019, cargo atualmente exercido pelo brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior.
O STF informa que, de acordo com o Decreto 10.267/2020, somente o presidente do Supremo pode requerer transporte oficial da FAB, possibilidade vedada aos demais ministros. O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pode requerer o transporte, mas Gilmar Mendes deixou a presidência do TSE em 2018.
“A Suprema Corte reitera o alerta para a importância da checagem de informações suspeitas, como forma de evitar a propagação de fake news com o nome de autoridades ou da instituição. Antes de compartilhar informações, verifique se a fonte é segura”, diz o STF.
Eleições de 2022
Em outro caso, o STF informou que circula pelas redes sociais uma imagem do ministro Alexandre de Moraes, com uma declaração falsa atribuída a ele sobre as eleições de 2022.
A montagem afirma que o ministro subiu o tom contra o presidente Jair Bolsonaro ao afirmar: “Não terá voto impresso em 2022 e nem talvez Bolsonaro em 2022. O recado está dado”. Trata-se de mais uma fake news envolvendo o nome do STF e um de seus ministros, uma vez que o ministro Alexandre de Moraes jamais deu tal declaração.
Para conscientizar a sociedade sobre o tema, o Supremo Tribunal Federal (STF) lançou a série “Verdades do STF”, na qual as informações falsas ou deturpadas atribuídas à Corte e aos seus ministros são objeto de checagem e correção.
Bolsonaro
Anteriormente, o STF também alertou que é falsa a informação que circula nas redes sociais atribuindo ao ministro Alexandre de Moraes uma suposta decisão monocrática em que teria proibido o presidente da República, Jair Bolsonaro, de tomar medidas que violem os princípios constitucionais e causem ruptura institucional, como intervenção militar, golpe de estado, intervenção nos demais Poderes e uso das Forças Armadas para proteção do Poder Executivo.
A postagem cita inquérito de número inexistente (Inquérito 6897), assim como dispositivos do Regimento Interno do STF desconexos, além de conter erros de ortografia e de concordância. Afirma ainda que o ministro do STF teria ameaçado o presidente de República de prisão, com base na Lei de Segurança Nacional (LSN). As informações são do STF.