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Economia Taxa de juros do cartão de crédito é a mais alta desde setembro de 2017 e chega a 343,6%

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Rotativo subiu para 343,6% ao ano. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Reflexo da escalada da taxa Selic para conter a inflação, os juros cobrados de consumidores e empresas seguem em elevação. A taxa de juros rotativo do cartão de crédito para pessoas físicas bateu em 343,6% ao ano em outubro. Esse é o maior patamar registrado desde setembro de 2017. Os dados foram divulgados recentemente pelo Banco Central (BC).

Os juros rotativos são os mais caros do mercado e vêm se elevando desde junho, quando o BC tinha registrado leve recuo na comparação com maio. No cheque especial, a taxa anual de juros bateu os 128,8% no mês de outubro.

Esse movimento de alta reflete a elevação na Selic, a taxa básica de juros do País. Após permanecer boa parte da pandemia no menor patamar da história, de 2% ao ano, o BC vem elevando a taxa desde março desse ano, porque foi necessário apertar a política monetária para conter a inflação.

A Selic está em 7,75% ao ano e há expectativa de mais elevações nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).

O movimento de juros altos não afetou apenas as linhas mais caras, mas o mercado como um todo. A taxa de juros de recursos livres média chegou a 32,8% ao ano em outubro, o maior nível desde o início da pandemia. Em março do ano passado, o índice estava em 31,3% e veio caindo até atingir o nível mais baixo, em 25,5%, em dezembro de 2020.

Ainda para as pessoas físicas, o BC registrou taxa média para empréstimos livres em 43,8% ao ano. Os principais aumentos foram registrados nas operações de crédito pessoal não consignado e crédito pessoal consignado para servidores públicos, além do cartão de crédito rotativo.

Empresas

A elevação dos juros também atinge as empresas. Nas operações livres, a taxa média de juros para empresas chegou a 19,1% ao ano. Esse é o maior patamar desde agosto de 2019.

De acordo com o BC, os principais crescimentos de juros foram registrados nos custos de contratação de desconto de duplicatas e outros recebíveis, capital de giro com prazo menor que 365 dias e capital de giro com prazo superior a 365 dias.

O crédito em capital de giro é muito buscado por empresas para dar mais liberdade para os gastos. No caso do crédito para prazos de até um ano, os juros subiram 6 pontos percentuais de setembro, quando a taxa média era de 16,09% ao ano, para 22,11% a.a. em outubro.

O chefe do departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, explica que a expansão do crédito para pessoas jurídicas tem desacelerado sobretudo por causa da alta base de comparação de 2020, quando havia muito incentivo para tomada de crédito por meio de açoes específicas para mitigar os efeitos da pandemia da Covid-19.

“Os programas creditícios estão concentrados no crédito direcionado a pessoas jurídicas, mas se olharmos o crédito livre também tem se acelerado. Então nós temos um crescimento robusto em diversas dimensões.”

Apesar do encarecimento do crédito, a inadimplência total vem mantendo estabilidade no patamar de 2,3% em outubro. Nos recursos livres, ela está em 3% desde julho.

Crescimento

Apesar da alta nos juros, a concessão de crédito continua em níveis altos. Em outubro, foram concedidos R$ 428,9 bilhões, 3,8% do que no mês anterior, mas acima dos R$ 352,8 bilhões emprestados no mesmo mês de 2020.

Para empresas, o valor foi de R$ 200,7 bilhões e para pessoas físicas foram R$ 228,2 bilhões.

O spread bancário também subiu e chegou a 15,3 pontos percentuais, o nível mais alto desde fevereiro.

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