Por Redação O Sul | 21 de novembro de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A Assembleia Legislativa não partirá do zero quando analisar o pacotão de medidas amargas do Executivo. Os que participaram da Subcomissão “O Tamanho do Estado” conhecem o mapa. Requerida em abril deste ano pelo deputado Vilmar Zanchin, os integrantes examinaram por seis meses todos os números. Concluíram que “o organograma do Poder Executivo não é sustentável. Há muitos anos o Estado enfrenta déficits, enquanto a estrutura aumenta sem previsão de receita equivalente para suprir novos encargos.” A discussão começará nesse ponto.
INDIGESTO
Os líderes de bancadas da Assembleia estão convidados para reunião no Palácio Piratini, às 19h30min de hoje, quando serão abertas as cortinas, mostrando a versão oficial do pacotão. Às 21h, todos os deputados da base aliada participarão de churrasco no Galpão Crioulo. Contra vontade, terão de degustar o conjunto de medidas, equivalente à carne de pescoço.
AUSÊNCIA LAMENTADA
A maioria dos parlamentares da base aliada queria participar da elaboração das medidas que modificarão a estrutura do Estado. Desagrada-lhes muito encontrar à mesa um prato feito.
SEM PERDA DE TEMPO
Para o PP, a corrida para 2018 começará na reunião da próxima sexta-feira. Lideranças vão propor à senadora Ana Amélia Lemos que assuma a candidatura ao Governo do Estado.
NOVO CARTÃO POSTAL
Os folhetos turísticos do Rio de Janeiro devem acrescentar um trecho: “Venha conhecer a terra dos corruptos compulsivos, que deram um duro danado, dia e noite, para surrupiar os cofres públicos.”
MUDOU
Para os permissivos padrões brasileiros, o que ocorreu com Sérgio Cabral é um fato histórico: de governador a presidiário. Dos bistrôs de Paris e dos seus imóveis e bens luxuosos para o presídio de Bangu. Do caviar ao pão com manteiga.
PARA SERVIR DE MODELO
Declaração do procurador da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, precisa ser afixada em todos os locais públicos do País:
“Seremos derrotados se a sociedade não lutar por mudanças, que não são para nós, mas para a própria sociedade, fechando as brechas por onde esses criminosos e o dinheiro público escapam.”
FALTA POUCO
As cartelas estão nas mãos de líderes dos partidos da base de Marchezan: quando girar o globo e caírem as bolinhas, serão conhecidos os secretários.
DOIS CENÁRIOS
Fato comum entre prefeitos que encerram o mandato: serem aplaudidos mais pelo que prometeram do que por aquilo que fizeram.
HORA DA VERDADE
Está em tempo de incluir, nas eleições de 2018, plebiscito com algumas questões. Será preciso coragem dos governantes para perguntar. Exemplos: o modelo de gestão pública hoje serve? Qual a qualidade do ensino, da saúde e da segurança? A carga tributária é justa?
INEXPLICÁVEL
Os serviços telefônicos de atendimento aos clientes são os líderes de reclamações no Procon. Já deram origem à expressão disk-estresse. Prova da estupidez de empresários. Pesquisa mostra que 90 por cento dos que são destratados passam a recusar para sempre os vendedores de produtos ou serviços.
RÁPIDAS
* A maioria dos filiados está à espera do sopro de renovação no diretório do PMDB de Porto Alegre.
* Há 27 projetos na fila para votação em plenário pelos deputados estaduais.
* A expectativa de reforma do secretariado estadual leva a esta situação: quando um quer, dois brigam.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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