Quarta-feira, 23 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 6 de junho de 2025
O presidente Donald Trump assinou, nesta quarta-feira (4), uma medida que proíbe a entrada de cidadãos de 12 países nos Estados Unidos e impõe restrições a estrangeiros de outras sete nações. Segundo a Casa Branca, a decisão foi tomada por motivos de segurança nacional.
Trump já havia adotado uma medida semelhante durante seu primeiro mandato, entre 2017 e 2021. Agora, de volta à presidência, ele voltou a endurecer as regras para a entrada de estrangeiros no país.
A nova medida faz parte da estratégia do presidente para combater a imigração ilegal.
Em 2023, antes da campanha presidencial, ele já havia prometido vetar a entrada de cidadãos de países considerados como uma ameaça à segurança dos Estados Unidos.
No documento publicado na quarta-feira, o presidente elenca uma série de motivos para restringir a entrada de cidadãos de 19 países.
Além de alegações sobre terrorismo, o governo cita a incapacidade dos governos locais em termos de segurança.
Também pesa contra esses países o alto índice de permanência irregular de seus cidadãos nos EUA – o chamado “overstay”.
Para cidadãos de 12 países, Trump estabeleceu proibição total de entrada nos EUA. São eles: Afeganistão, Chade, Congo, Eritreia, Guiné Equatorial, Haiti, Irã, Iêmen, Líbia, Mianmar, Somália e Sudão.
Para outros sete países, existe uma restrição parcial. São eles: Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turcomenistão e Venezuela.
Nestes casos, o governo dos EUA suspendeu a entrada de cidadãos com vistos de negócio, turismo, estudo e intercâmbio.
Também houve a determinação para redução do tempo de validade para os demais vistos.
Nas redes sociais, Donald Trump afirmou que a lista pode ser revisada a qualquer momento e que novos países podem ser incluídos.
Como fica o Brasil?
O Brasil não foi incluído na lista de países com restrições anunciada pelo governo americano. Historicamente, as duas nações mantêm relações diplomáticas plenas e amistosas.
Recentemente, no entanto, membros do governo dos Estados Unidos sinalizaram a possibilidade de aplicar sanções e restringir a entrada de algumas autoridades brasileiras que colaboram com a “censura” de americanos.
Em relação às deportações, o Brasil costuma cooperar com as autoridades americanas para receber de volta cidadãos expulsos. Neste ano, por exemplo, o governo brasileiro enviou aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para buscar deportados nos Estados Unidos.
Dados do próprio governo dos EUA indicam que o Brasil registra taxas relativamente baixas de permanência irregular, ou overstay. Em 2023, os índices foram os seguintes:
– Vistos de negócios/turismo: 1,62%;
– Vistos para estudantes, profissionais ou intercambistas: 4,60%.