Quinta-feira, 23 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de novembro de 2023
Os recrutadores e os recrutados suspeitos de integrar o grupo extremista Hezbollah, que planejava ataques contra uma comunidade judaica no Brasil, podem receber penas que chegam a 15 anos e 6 meses de reclusão. Os envolvidos devem responder pelos crimes de constituir ou integrar organização terrorista e de realizar atos preparatórios de terrorismo.
A Polícia Federal deflagrou nessa quarta-feira (8) uma operação contra terroristas ligados ao grupo radical libanês Hezbollah. Dois homens foram presos e 11 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal. Segundo os investigadores, eles eram financiados e foram aliciados pelo Hezbollah. Os dois presos são brasileiros e há outros dois alvos de pedido de prisão que estão no Líbano.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, comentou sobre a operação durante evento no Palácio Guanabara, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Na ocasião, o ministro definiu o “compromisso claro” do presidente Lula de combate ao terrorismo no país.
“Hoje mesmo Polícia Federal está realizando uma investigação em torno da hipótese de uma rede terrorista buscando se instalar no Brasil. Veja, uma hipótese. A Polícia Federal está investigando e mostrando que, neste caso, nós só temos um lado, é o lado da lei, dos compromissos internacionais que o Brasil assumiu”, afirmou o ministro.
O ministro reforçou que ainda não há confirmação, mas a investigação mostra a seriedade do trabalho do governo federal para desarticular no Brasil eventuais redes internacionais voltadas ao terrorismo.
“Quando for possível, com certeza, a Polícia Federal vai divulgar os detalhes sobre isso”, assegurou.
Crimes previstos
Os crimes previstos na Lei de Terrorismo são equiparados a hediondos, considerados inafiançáveis, insuscetíveis de graça, anistia ou indulto, e o cumprimento da pena para esses crimes se dá inicialmente em regime fechado, independentemente de trânsito em julgado da condenação. As informações são do jornal O Globo e da Agência Brasil.