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Notícias Um novo tratamento para o câncer de pâncreas começou a ser testado em humanos nos Estados Unidos

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O câncer de pâncreas tem uma das mais altas taxas de mortalidade entre todos os tipos da doença. (Foto: Pixabay)

Cientistas da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, descobriram uma nova estratégia para tratar o câncer de pâncreas que já está sendo testada em humanos. O estudo sobre o tratamento, que é uma combinação de duas drogas ingeridas por via oral, foi publicado na segunda-feira (04) na revista Nature Medicine.

As medicações agem de duas formas: elas impedem a ação anormal de um gene, o Kras, que ocorre em tumores no pâncreas. Os cientistas já sabiam que, quando ele tem uma mutação, acaba promovendo o crescimento e a divisão das células de forma anormal. Assim, o tumor cresce. Os remédios atrapalham o processo de autofagia das células do tumor. A autofagia é um mecanismo no qual a célula “come” a si mesma para obter energia.

Os cientistas já sabiam que esses fatores ajudavam o tumor a crescer. Por isso, ambos os tipos de medicamento já haviam sido usados, individualmente, para combater o câncer de pâncreas, mas sem resultado. A novidade é que os pesquisadores perceberam que, quando combinados, eles têm efeito para combater o tumor.

“Nós conseguimos observar que a combinação dessas duas drogas – que, quando usadas individualmente, não têm muito impacto na doença – parece ter um impacto muito potente no crescimento do tumor. Nós observamos isso em culturas de células no laboratório, em modelos com ratos e, agora, em um paciente com câncer de pâncreas – em menos de dois anos. É uma linha do tempo raramente vista na medicina”, afirmou o pesquisador Martin McMahon, um dos autores do estudo.

O primeiro paciente que testou os medicamentos acabou não resistindo à doença, mas respondeu bem ao tratamento, segundo outro cientista que participou da pesquisa. “O paciente tinha feito cirurgia e várias doses de quimioterapia antes dessa combinação. Apesar de ter falecido, respondeu de forma notável a essas drogas por vários meses”, explicou Conan Kinsey. Ele disse, ainda, que os resultados da combinação precisam ser avaliados em estudos clínicos (em humanos) para descobrir se é possível conseguir bons resultados em outras pessoas.

Os testes desse tipo já estão sendo conduzidos na Universidade do Texas e têm previsão de acontecer na Universidade da Califórnia em San Francisco e na Universidade de Columbia, em Nova York.

Alta mortalidade

O câncer de pâncreas é uma das formas mais letais da doença. Apenas 20 a cada 100 (ou 1 a cada 5) pacientes com o tumor continuam vivos um ano depois do diagnóstico. Cinco anos depois da detecção da doença, esse número cai para 7 a cada 100, segundo a Sociedade Americana do Câncer. De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), essa alta taxa de mortalidade acontece por conta do diagnóstico tardio.

Para Axel Behrens, que estuda a relação entre câncer e células-tronco no Instituto Francis Crick, em Londres, esse atraso na detecção se dá por alguns fatores, como a facilidade de metástase da doença, a ausência de sintomas iniciais e a falta de marcadores no sangue – como há no câncer de próstata, por exemplo.

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